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sexta-feira, 24 de abril de 2009

"Aqui e Agora"

Como várias vezes já referi não sou fã de televisão procurando apenas assistir ao Telejornal do Canal 1, a algumas entrevistas ou debates acerca de assuntos ou com pessoas que me suscitem algum interesse e, mesmo assim, fico normalmente defraudada.

Foi também o caso de hoje. Sabia que, num programa que é habitual às quintas-feiras, na SIC, após o Noticiário “Aqui e Agora” iria ser discutido um tema que muito me interessa: Direitos dos animais.

De entre os assuntos que compõem tão vasto tema iriam ser discutidos, sobretudo dois: as touradas e os animais usados no circo.

Os intervenientes eram João Palha Ribeiro Telles, cavaleiro tauromáquico, Victor Hugo Cardinalli, empresário circense, Miguel Moutinho, julgo que presidente da Associação Animal e Nuno Paixão veterinário especializado nos Estados Unidos em comportamento animal.

Enfim, na minha opinião foi confrangedora a participação dos elementos que defendiam quer as touradas quer a presença dos animais nos circos (para mim, devo dizer, ainda bem). Neste caso, defendia Victor Hugo Cardinalli que os animais eram muito bem tratados embora o espaço fosse sempre muito restrito (impróprio para as suas dimensões) salvo dois meses no ano, mas a manter porque há pessoas que gostam de animais no circo e se os não tiver as pessoas vão lá menos (inviabilizando financeiramente o circo. Ora aqui está o busílis da questão).

Em relação à tourada, os seus defensores inclusivamente assumiam que o touro sofria, de várias formas, nas lides Era criado com todas as mordomias, com muito amor e carinho apenas para ser toureado. Ou seja, criado para abater, ou pelo menos sofrer. O homem inflige dor no animal voluntariamente o que, espante-se é assumido como uma relação normal.


(Está-se mesmo a ver que não sofrem!)

Tudo isto defendendo a manutenção da tradição.

Então, mantenham-se as fogueiras como meio de castigo humano! Porque não? Era tradicional!

Os outros dois elementos revelaram, quanto a mim, muito mais nível. Contudo o debate foi morno dado que os seua opositores não tinham nível para refutar. Opinavam com muito fracos argumentos (não existem) e como se estivessem numa séria disputa…

Como sempre fiquei com um gosto amargo na boca. Não sou fundamentalista, mas há coisas que considero injustificáveis e inqualificáveis numa sociedade que eu gostaria de julgar evoluída.

6 comentários:

Anónimo disse...

Pois ,com toda a razão!Fico incomodado com as touradas.
Já não era tempo de parar esse "circo"?fica a pergunta!

sou o "segundo anónimo"
que até me tenho portado bem:))))
jokas

Donagata disse...

É, não tem aparecido por aqui. Quanto a portar-se bem, penso que é seu hábito. ou não?

Folgo com o facto de também achar que a tourada não passa de um circo assim como o circo com animais (tenho muito respeito pelas restantes artes circenses, de que gosto muito), não passa de uma tourada. Ou seja de um sofrimento gratuito para animais que não pertencem ali.

Beijos.

Anónimo disse...

É assim o Mundo em que vivemos ...
Por mais Ridiculo que possa parecer Existem pessoas que se divertem desta forma !...

Dá que pensar este Mundo em que Vivemos ... dá mesmo !...

Beijo , Anibal Borges .

BlueVelvet disse...

Também vi e a minha televisão correu sérios riscos de ir voando pela janela.
Acho que também é por tradição que se continuam a matar mulheres com pedras, ou estou enganada?
Palhaços!
Desculpa mas este assunto tira-me do sério.
Beijinhos

Donagata disse...

Também a mim. Por isso não ter conseguido evitar o post.
Beijos.

Alda M. Maia disse...

Nisto, e só nisto, quero ser "fundamentalista": não suporto as touradas, detesto a caça, odeio tudo o que provoque sofrimento, a fim de dar lugar a espectáculos bárbaros e um a divertimento muito discutível.