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terça-feira, 7 de abril de 2009

E eis que vou desvendar o desafio que vos deixei no dia 25 de Março. Verdade ou mentira?


Pois não é que me esqueci completamente que havia prometido colocar no dia 6 quais as aldrabices que vos tentei passar naquele desafio que a Bluevelvet me tinha feito!

Ando mesmo tontinha de todo. Enfim, não foi no dia seis mas será no dia sete. Também não virá grande mal ao mundo pelo atraso!

Então aqui vão as mentiras:

· Adoro conduzir mas tenho imensa falta de orientação.

É falsa. Pelo menos parcialmente falsa. Adoro conduzir mas sou uma pessoa normalmente com muito sentido de orientação.

· Consigo ler dois livros ao mesmo tempo sem problemas.

Grande aldrabice. Se for absolutamente necessário, por necessidade incontornável, lá terei de o fazer, mas é sempre com muitos problemas. Tenho dificuldades em me concentrar em ambos e acabo por não o fazer em nenhum.

· Adoro chá.

Bom, só de pensar nisso fico arrepiada. É que não gosto mesmo nada. Eu é mais café. Só tomo chá por cortesia.

As restantes 6 afirmações são todas verdadeiras.

No voo em que me arrombaram a porta da casa de banho quando ainda tinha as calças mais ou menos por subir, foi com o intuito de me apanharem em flagrante delito, a fumar, o que daria direito a prisão ao aterrar. A verdade é que eu não fumo e o que estava a fazer não dá direito a prisão. Contudo, passei ainda um mau bocado a tentar explicar às incompetentes das hospedeiras que o cheiro a tabaco que se fazia sentir ainda na casa de banho já lá estava quando eu entrei o que, devo dizer, me incomodou bastante.

É verdade que respondi ao General Ramalho Eanes fazendo essa analogia entre o chocolate e a boa disposição numa ocasião em que na Academia das Ciências aguardávamos uma intervenção de uma determinada personalidade. O Sr. entrou e quando nos viu rir, ainda fora da sala, claro, ao cumprimentar-nos foi-nos dizendo que estávamos demasiado bem-dispostos. Tive que responder.Para mim isso não existe.

Também é verdade que enquanto acompanhava o meu marido e um amigo numa prova de todo terreno; eles de jipe, a fazer a prova, e nós, as esposas e os meus filhos, em auto-caravana constituindo o suporte técnico, apanhei um grande susto. A dada altura, depois de já um pouco intrigada ter parado numa oficina para verem se percebiam porque é que eu sentia um barulho que parecia o de uma roda quadrada e de não terem dado por nada, o rodado direito traseiro, duplo (era uma Iveco), saiu porque partiu creio que a poli(?). Vejo-me, de repente a ser ultrapassada pelas rodas, sem força para controlar a direcção, tombada para o lado direito e sem forma de travar o carro. Mas a verdade é que o instinto pode mais do que nós e lá executei as manobras certas para parar o “camião”. Saímos e ficámos sentados os quatro, debaixo de um chaparro à espera de ajuda.

Por último uma que me deu mesmo muito gozo fazer embora não costume ser para estas coisas. Entro num estabelecimento comercial com algum nível e pergunto o preço de um tailler que se encontrava na montra. Eis senão quando, a empregada, uma simpatia, me responde que é bastante caro(!) mas não diz o preço. Fico surpreendida mas, mesmo assim reajo com alguma calma e digo que o conceito de caro ou barato é bastante relativo, portanto gostaria que fizesse o favor de me dizer o preço. A criatura olha para mim, com um ar bastante desdenhoso, diga-se, e responde que aquele também não é o meu número, continuando sem dizer o preço. Fico estupefacta! Depois de alguns segundos de incredulidade, viro-me para a pequena e digo-lhe:

- Olhe, a menina vai despir o manequim e tirar o fato da montra nem que para isso eu tenha que ir chamar a polícia. Fica porém ciente que o vai pousar aqui no balcão e que eu não o vou levar. Não o faria nem que fosse o único e eu viesse nua.

Muito contrariada mas sem alternativa a menina despe nervosamente o manequim, coloca o fato no balcão, eu olho para ela e digo:

- Que pena! Afinal não gosto! E saio airosamente (aparentemente, claro)do estabelecimento.

E pronto acabei de desvendar as minhas mentiras e as minhas verdades mais estranhas.

8 comentários:

Anónimo disse...

Ola sra Donagata :)
Mais uma vez Gostei de a Ler , ADPREI a hostoria do vestido :) ...


Beijo , Anibal Borges .

Anónimo disse...

Desculpe ...

ADOREI a historia ... :) ...

Beijo , Anibal Borges .

Donagata disse...

Pois. Não é fácil passar-me, mas quando me passo é mesmo a sério...

Anónimo disse...

... :) ...


Beijo , Anibal Borges .

BlueVelvet disse...

HEHE, não acertei em nenhuma, mas ainda bem, porque as tuas histórias são muito divertidas.
Essa da loja e a do chaparro são do melhor.
Beijinhos

BlueVelvet disse...

Fui ler outra vez e afinal acertei uma:)

Donagata disse...

Ah! Afinal não sou assim tão imprevisível!

Anónimo disse...

Muito boa, a do vestido! Essas lojistas bimbas-metidas-a-finas são absolutamente insuportáveis!
ZP