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terça-feira, 30 de junho de 2009

“Vinte Maneiras Diferentes de Contar a Mesma História” de Maria Isabel Moura


Hoje, enquanto aguardava que chegassem os meus habituais companheiros de almoço e como estava bastante desgostosa e com pouca vontade de explicar os motivos, refugiei-me na leitura de um pequeno livro que comprei por ter ganho o “Prémio Nacional de Conto Manuel da Fonseca”, da autoria de Maria Isabel Moura.

É um livro mesmo pequenino (cerca de 45 páginas) e nem todas escritas, composto por 20 pequenos textos, excepcionalmente bem escritos.

Foi, sem dúvida, uma agradabilíssima surpresa.

Esses textos têm um denominador comum, o tema, que é “afogar gatos na sanita”. Devo dizer que, como tema, foi o pior que poderia ter escolhido para hoje dia em que encontrei morta a minha gata, companheira de dez anos, a Fiona.

Mas voltemos ao livro que é a razão desta minha prosa.

Esses vinte textos, todos contando situações diferentes, com o mesmo denominador, como já referi, compõem um verdadeiro bouquet literário.

É o tipo de escrita que é cuidado, apelativo, elegante indo do timbre poético, suave, encantador até nos abanar com linguagem despudorada, dura e crua sem perder, contudo a poesia.

Uma verdadeira joiazinha perdida, quiçá, aí pelos cantinhos das livrarias.

Procurem-no. É verdadeiramente refrescante.

Requiem

Requiem aeternam dona eis



Como foi possível Fiona?

Foste assim! Sem avisar! Silenciosa e meiga como sempre soubeste ser!

E linda, mesmo na morte!

E agora. O que faço com este grande vazio que deixaste?


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Rescaldo

(Imagem: "Depois da leitura dos poemas" de Sandro Chia)

E lá concluí a minha participação no lançamento do livro “A Minha Nuvem” que só não foi, para mim, a mais difícil porque essa foi, sem dúvida, a primeira, por razões várias, há já algum tempo.

Mas, também esta, teve contornos acrescidos de responsabilidade; pela minha grande crença na qualidade poética da autora, pela amizade pessoal que nos une, porque julgo ter sido a primeira pessoa a divulgar, através da voz, as palavras da Ruth e, sobretudo, porque gostaria de ajudar a tornar aquele dia (um dia de sonho para qualquer autor), um dia verdadeiramente mágico e que ficasse gravado na Nuvem, em letras de ouro, para sempre.

Penso que consegui fazer o que me era devido. Logo que entrei no Bela Cruz atirei com a ansiedade para o “Peixanário”, logo ali ao lado (foi a banhos), ergui os ombros (nus!!!!) e quedei-me, eu mesma, cheia de vontade de dar voz aos lindos poemas que me couberam dizer.

E dei. Demos, eu e a Olga que esteve primorosa! Podíamos não ter dado. Mas demos.

Foi uma belíssima apresentação. Esteve tudo cuidado até ao ínfimo pormenor. Tinham-se corrigido pequenos senãos sentidos numa sessão anterior e, apesar da luta contra o tempo, A está verdadeiramente de parabéns.

Tiro o chapéu à sua capacidade de organização sobretudo na pessoa do Carlos que tudo fez para que o evento fosse realmente distinto.

E foi. Podia não ter sido. Mas foi.

Agora a música. Uma maravilha! A voz melodiosa do Miguel tão bem acompanhada pelo piano, bateria e baixo, julgo que convenceu todos quantos lá estavam.

Um agradecimento muito especial para o teclista que além de tocar as músicas dos temas que apresentava com a banda, ainda teve de nos aturar em “treinos” para decidir a melhor forma de acompanhar os poemas que iriam ser ditos. É um rapaz cobertinho de paciência, tanto quanto de talento…

Podia não ser. Mas é.

And last, but not the least, a autora!

Pois, A Ruth estava LINDA! Pois não é que “o raça da piquena” além de se dar muito bem com a manipulação de tudo o que são letrinhas, palavras lindas que compõe em frases melódicas com uma naturalidade que torna tudo, enganosamente, fácil… Ainda por cima é deslumbrante?!!!!

Esteve muito bem, muito emocionada mas muito contida, fartou-se de dar autógrafos e de escrever dedicatórias (as quais, espantem-se, não necessitam de tradutor) e falou, como sempre, bem.

Parabéns Ruth.

Se tudo correu bem, não tenhamos ilusões, tudo começou pelo mérito das suas palavras.

De mim, aquele Beijo, meloso, besuntado e com um pelito à mistura (não fosse eu gata) que já conhece.

domingo, 28 de junho de 2009

Sinto-me inspirada!




Como habitualmente (e podia ter vergonha ao dizer estas coisas, mas não tenho), o meu gatão foi preparar-me o pequeno-almoço e trouxe-mo à cama onde ainda me encontrava, a transbordar de preguiça e a ler displicentemente umas paginazinhas de um livro, rodeada de três gatinhos…

Sentou-se ao meu lado, também na cama e começamos a tomar o pequeno-almoço falando disto e daquilo mas, sobretudo, de coisa nenhuma pois, normalmente, antes do café, funciono um pouco mal. Diria mesmo que nem funciono. Consigo ser bastante irritante.

A dada altura reparo que ele abanava ligeiramente a chávena (mas com muito estilo, pegando na asa com dois elegantes dedos) fazendo voltear repetidamente o café.

Algo surpreendida e entontecida ainda pela falta do meu e dado que nenhum de nós coloca açúcar ou outro adoçante, olhei para ele com ar de quem o ia internar logo a seguir e pergunto:

- Porque estás a rodar a chávena do café antes de o tomar?

- Para o arrefecer. Responde-me ele com muita calma.

- E ele está assim quente? Retruco eu ainda com ar de estranheza.

- Não.

- !!!!!????? Então porque rodas? É para ver se o entornas????

- Não! É porque gosto.

Olho para ele e, de repente, tive uma imensa vontade de rodar o meu. Pego na chávena…

- Ei! Não consigo! Deixa cá ver. Não consigo mesmo. Ups! Roda tudo torto. Ainda vou sujar a cama toda…

- Pois – responde-me ele - isso não é assim! É preciso jeito, cálculos precisos… Enfim, ir aos treinos!

- Ah!!!

- Eu comecei a rodar cafés, ainda….

Foi aí que eu não aguentei e despenquei à gargalhada! Tinha finalmente compreendido a parvoíce de conversa que estávamos a desenvolver com todo o rigor.

Claro que as minhas gargalhadas despoletaram as dele e foi de ir às lágrimas.

Presumo que quem ler isto não é pessoa para lhe acontecerem tais disparates. Nem para ter conversas deste tipo e, pior do que isso, desatar a rir, como se não houvesse amanhã, de coisa nenhuma. Mas, caríssimos, comigo é assim!

E desta forma soluçada e fungada terminámos com dificuldade, diga-se, o pequeno almoço de uma cinzentona manhã de Domingo.

Será isto um bom presságio?

Pode ser!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Lançamento do livro "A Minha Nuvem"

Agora é que é queridíssimos e, desculpem a insistência, corajosíssimos leitores.

Domingo terei o enorme privilégio de partilhar a leitura de alguns dos belíssimos poemas que constituem o livro com a Olga, uma leitora fabulosa.

Se puderem, não faltem!

Ah! E já agora. Façam o favor de poder. Não inventem desculpas pois arreperder-se-iam se o fizessem.





Mais duas perdas...

Era estranho!
Seria?
Era controverso.
Sem dúvida.
Pelas suas atitudes, pelos boatos que corriam a seu respeito, até pela sua ingenuidade...

Contudo, gostássemos ou não gostássemos, era um ícon da música pop.

A ninguém era indiferente.

Julgo que não será esquecido nunca.

Morreu Michael Jackson!




Como se não bastasse um, sucumbiu também, vítima de doença prolongada, a actriz Farrah Fawcet, símbolo sexual dos anos 70 que se tornou conhecida em "Os Anjos de Charlie"
assim como as outras duas protagonistas Kate Jackson e Jaclyn Smith.

Fizeram as delícias do meu imaginário no final da minha adolescência...