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quinta-feira, 18 de junho de 2009

“A Maldição - Duma Key” de Stephen King


Mais um livro de Stephen King, autor do género thriller/terror que bastante aprecio. É talvez o 4º ou 5º que escreveu (que eu me tenha apercebido) depois de anunciar que iria deixar de escrever após ter sofrido um grave acidente que o deixou bastante mal.

Está visto que recuperou pois readquiriu também a sua capacidade produtiva. Desta vez trata-se de “A Maldição - Duma Key”.

É mais um livro que segue o registo a que o autor nos habituou desde sempre (com algumas incursões não tão bem sucedidas por outros géneros no entretanto), o thriller/terror com uma grande componente emocional.

Claro que com tamanha produção, tem necessariamente uns melhores outros piores. Na minha opinião este encontrar-se-á numa linha média de qualidade.

Comecei por lhe notar alguma diferença em relação à grande maioria dos que havia lido. Uma primeira parte, bem grande, possivelmente o correspondente aproximadamente a 2/3 do livro, um pouco mais calma e mais centrada no tratamento das personagens. Não sem que entretanto uma delas, a principal, tenha sofrido um gravíssimo acidente que quase o mata, que vem a provocar-lhe acessos de fúria que trazem como consequência o divórcio e a sua deslocação para uma zona calma, junto do Golfo do México, onde fará a sua recuperação. Como se vê, nada que não possa suceder num argumento até romântico. Contudo, o autor vai introduzindo pequenos apontamentos por si só quase insignificantes mas que vão induzindo no leitor aquela sensação de que algo não está bem.

E realmente não está. Edgar Freemantle que entretanto se havia dedicado à pintura, produzindo quadros de grande qualidade apercebe-se de estranhos poderes e influências que esses quadros possuem.

Assiste-se assim, mais para o final do livro a um aumento do ritmo narrativo no qual se repete um ciclo alucinante de acontecimentos que, segundo se percebe, haviam já tido lugar há uns anos atrás. E aí Edgar, Wireman e Jack, amigos que ele tinha criado entretanto, vêem-se envolvidos num turbilhão de acontecimentos que têm tanto de incrível como de assustador.

O final torna-se algo fantasmagórico e alucinante. Mas, a verdade, é que não apetece fechar o livro. Apetece ler sempre mais um pouquinho…

É este o registo em que o autor é, de facto, mestre.

Para quem gosta do género, sem dúvida a ler.

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