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sábado, 31 de janeiro de 2009

"Cometa Lulin"



Vamos ter a hipótese de poder apreciar um cometa que se espera ser visível à vista desarmada em breve no próximo mês. Próximo já do final.

De nome Lulin, em honra ao seu descobridor, mas com designação científica C2007N3, pode já ser visto junto à Constelação de Libra, entrando em Escorpião ao amanhecer.

Para já, apenas é visível através de pequenos telescópios pois está com magnitude 8.

Parece que se trata da primeira visita ao interior do Sistema Solar derivado da sua órbita hiperbólica o que pode trazer algumas surpresas.

Ninguém sabe ao certo como o núcleo, composto de gelo e de materiais voláteis se vai comportar com o aumento súbito da intensidade da luz solar. A temperatura do núcleo deve aumentar e, se agora, ainda distante do Sol, já emite jactos bem visíveis, pode muito bem acontecer que haja uma ruptura e o Cometa, simplesmente se despedace...

Para saber onde o encontrar visite:


http://www.rea-brasil.org/cometas/gif/07n3.gif


quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Mais uma vez, não resisti.

Esta recebi hoje por correio electrónico e achei tão bem apanhada, mas tão bem apanhada mesmo, que nem precisa de comentários.

Senão vejamos:



(Imagem: "Reflected paradise" by James Coleman)

O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.

(Imagem: "Hell, by Heronymus Bosh)


O Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses.





terça-feira, 27 de janeiro de 2009

"Recordação Perigosa" de Mary Higgins ClarK


Depois de uns quantos livros que exigiam um pouco mais de mim, escolhi para ler um policial de uma autora que eu conheço muito bem e que, embora não seja uma “Nobel” da literatura, escreve livros interessantes que se lêem com prazer e sem grande esforço.

Era mesmo isso que eu pretendia e, como já esperava, este não fugiu à regra.

Com um enredo bastante elaborado em que a dada altura parece que todos os intervenientes são suspeitos de alguma coisa, vai-nos guiando através de uma história relativamente viável, sempre com o acréscimo do factor romance. E quando digo romance é mesmo romance estilo pobrezinha casa com príncipe (estou a exagerar…).

Por fim, quando já tudo parece irremediavelmente perdido, tudo se compõe e depois de umas voltas surpreendentes nas últimas dez páginas, tudo termina como já suspeitávamos a partir dos primeiros capítulos.

Fico com uma ligeira impressão, ao ler o que escrevi, que manifestei uma opinião um pouquinho sarcástica, contudo, a verdade, é que até li o livro com prazer.

Nem tudo o que é previsível ou estereotipado tem de ser desagradável! A sua leitura foi, de facto um acto agradável.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Poesia in Progress


Mais uma vez, a Poetria, ou seja, a Dina, organiza uma sessão de poesia no Café Progresso.
Enfim, já se tornou um acontecimento normal no panorama cultural portuense.
Para quem gosta de ouvir boa poesia, bem dita (desta vez posso dizê-lo pois não faço parte do "elenco"), num ambiente descontraído, não falte!
Nesta sessão irão ser divulgados poetas gregos.
Será, como habitualmente, à quinta feira, já na próxima, dia 29 às 21, 30h.
Aconselho a não perder.

A Whiter Shade of Pale dos Procol Harum



É mesmo bom recordar, embora por vezes se possa tornar um pouco nostálgico. Mas é bom, mesmo assim, voltar a sentir aquele friozinho no estômago, aquele brilhozinho nos olhos, o prazer dos bailes de garagem, os primeiros amores, a saudade. Enfim, recordar o que deixámos para trás que nos soube bem. Significa que a nossa vida não foi vazia de emoções...

A letra essa, como diz um amigo meu, não é lá muito perceptível! Mas quem é que queria saber da letra?

A Whiter shade of pale Procol Harum


We skipped a light fandango,
Turned cartwheels 'cross the floor.
I was feeling kind of seasick,
But the crowd called out for more.
The room was humming harder,
As the ceiling flew away.
When we called out for another drink,
The waiter brought a tray.

And so it was that later,
As the miller told his tale,
That her face at first just ghostly,
Turned a whiter shade of pale.

She said there is no reason,
And the truth is plain to see
That I wandered through my playing cards,
And would not let her be
One of sixteen vestal virgins
Who were leaving for the coast.
And although my eyes were open,
They might just as well have been closed.

And so it was later,
As the miller told his tale,
That her face at first just ghostly,
Turned a whiter shade of pale.


sábado, 24 de janeiro de 2009

"A Cidade dos Prodígios " de Eduardo Mendoza


Neste livro, o autor, Eduardo Mendoza (que eu não conhecia), consegue, através do seu personagem principal, Onofre Bouvila, dar-nos uma perspectiva da evolução da cidade de Barcelona até meados do século XX; o que de bom e o que de mau lá aconteceu.

Onofre que chega a Barcelona nos finais do século XIX, pouco mais do que uma criança, rapidamente se envolve em estratagemas diversos. As suas acções decorrem, sobretudo, no submundo barcelonês consistindo em expedientes menos correctos: enganos, roubos, tráficos diversos…. Rapidamente enriquece e ascende à categoria de uma das pessoas mais importantes de Barcelona, se não a mais importante. Contudo, apesar desta sua preponderância (meramente económica), nunca é completamente aceite pela nobreza da cidade (que não deixa, porém de se conluiar com ele quando necessário), sendo alvo até de algumas desconsiderações.

Vingativo, inteligente, amoral, acaba por se desforrar sempre e sair vencedor inequívoco das contendas que muitas vezes são por ele mesmo engendradas.

A cidade vai evoluindo um pouco da mesma forma que Onofre. Atravessa vários períodos, uns mais florescentes do que outros. O livro tem a particularidade interessante de começar aquando da Primeira Exposição Universal, realizada em Barcelona onde são visíveis as corrupções e os esquemas diversos dos políticos para a sua execução ali e não em qualquer outro local em Espanha procurando dar visibilidade a Barcelona. E termina, com a Segunda Exposição Universal, também em Barcelona, fruto de artimanhas do governo central e dos brios do regional, onde Onofre faz a sua última e imponente aparição.

Livro agradável. Lê-se com interesse. Deu origem a um filme homónimo do realizador Mário Camus