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domingo, 25 de maio de 2008

"A sala magenta" de Mário de Carvalho


Nota prévia:
Arrolar logo assim dois seguidos, convenhamos que é uma grande maçada. Mas a verdade é que ninguém precisa de ler. Eu é que preciso de o escrever; faz-me bem!
Para mim, reflectir sobre um livro que acabei de ler, tentando sintetizar o mais possível aquilo que de bom (ou mau) me deixou, é quase tão estimulante como lê-lo (embora muito aborrecido, dirá quem lê).

Tive o primeiro contacto com Mário de Carvalho quando, porque achei o título sugestivo e a sinopse interessante, li o romance “Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto”. Fiquei francamente rendida. Ao livro que é engraçadíssimo e, sobretudo, ao tipo de escrita que revelava o autor.
Depois desse li já vários que me puseram em contacto com diversos registos de escrita de Mário de Carvalho sem que alguma vez tenha ficado decepcionada.
Acabei agora de ler “A sala magenta”. Mais uma vez muito bom. Magistralmente escrito, como habitualmente. Prosa forte, quer pelas palavras usadas quer pelo ritmo, desta vez numa toada um pouco dramática. Romance que nos retrata os desencontros, os equívocos, as inquietações, as incertezas de um protagonista preso numa tecedura densa de ligações sentimentais que o aniquilam e o conduzem ao fracasso.
A não perder.

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