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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

"As Healthclubíadas" (conclusão)

(Imagem da net)
Finalmente aquilo por que todos ansiavam: o final das "Healthclubíadas". É mesmo verdade, não é sonho, acabaram. É que por um lado já me escasseava a inspiração e as rimas e por outro também já começo a recear pela minha integridade física...

Portanto, achei por bem pôr um ponto final nesta epopeia completamente parva, e assim dar descanso a todos quantos ainda arranjam coragem para abrir este blogue. Bem hajam esses pela paciência demonstrada. Já ganharam a sua nesguinha de céu!



23
Do step não vos quero nem falar
É tão duro que nos deixa sem conserto.
No princípio nem é mau, dá pr’aguentar
Mas depois dá-nos cá um tal aperto,
Uma náusea, uma vontade de parar,
Que já sem fôlego bebo água e, bem decerto,
Para que não seja mui grande a trapalhada,
Aproveito o “banquinho” e aguento...sentada.


24
E depois de tratadas desta sorte,
De tudo quanto a aula pede e manda
Preparamos a alma para a morte,
Que sempre dos incautos perto anda.
E às deusas que na sua etérea corte
Vigiam com a vista veneranda,
Implorámos favor, que nos ajudassem
E que por melhores caminhos nos guiassem.


25
Do ginásio vou sair enquanto posso
Devagar subo a escada, em tal torpor!
Para trás vou deixando o alvoroço
Do: estica a perna, flecte a perna arrasador
Com um jugo colocado no pescoço.
Estou desfeita, em estado de estupor,
Ver-me a andar dá até mágoa, triste nojo
Já não sou a Donagata, sou um despojo!


26
Estando sossegado já o tumulto
Dos Profs. com o seu arrebatamento
Começo a desnudar o corpo oculto,
E no turco entro em recolhimento
E lá dentro não sou já eu, sou só um vulto,
Que descansa e tenta ganhar novo alento.
Finalmente, após tão torpes exercícios,
Já posso ir almoçar, um dos meus vícios!


27
É um vício, mas daqueles educados:
De algo muito leve me irei servir
Umas folhinhas de alface aos bocados
O tomate e a cenourinha a colorir.
Os docinhos, esses manjares adorados,
Que com o café tanto gosto de fruir,
Serão momentos bons pra recordar
Embora pouco, não vão as memórias engordar!...


28
Depois de tanta desgraça descrever
É já tempo de vos estardes a indagar:
Pois se é tudo mau, se é só sofrer
E é tão pouco aquilo que exaltar
Pois então que vimos nós aqui fazer?
O que é que nos leva a cá voltar?
Tudo isto nos dá prazer: o chalacear,
O estarmos bem, o conviver a trabalhar.


29
Vou contar-vos quase como confidência:
Como aluna sou difícil de aturar,
Os Profs., coitaditos, que paciência,
Já suspiram quando me vêem entrar.
Mas ser chata é somente a aparência,
Se resmungo é apenas a brincar.
Apesar deste modo irreverente
Gosto deles, são amigos, boa gente!


30
E há dias em que o treino corre bem
Em que o Prof. está calmo e comedido,
Dá-se ao pedal e à língua com alguém,
Como um prémio que nos seja concedido
Até ele para o nosso lado vem,
Para ouvir qual o assunto discutido.
É um esforço duplo, o que fazemos,
Mas é este à-vontade o que queremos.


31
É importante do nosso corpo tratar
Estar em forma, e mostrar agilidade,
Andar ligeiro sem ficar a sufocar,
Ter orgulho em poder dizer a idade.
Mas o mais importante é encontrar
Um ambiente que nos traga felicidade.
Onde além dos esforços detestáveis
Passemos uns momentos agradáveis!

3 comentários:

Inês Torres disse...

Hmmm, estou de volta (:

DuSinho disse...

Só para deixar um beijinho!

santini disse...

tapete já vi........devagar..devadarinho:))mas o step é o melhor:))
Bora aí!!
eheheh