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quarta-feira, 26 de março de 2008

Gato do Bolhão

(Imagem: "Gato do Bolhão" fotografia de Joana Almeida)

Olhas em frente,
tranquilo
e vês o tempo a passar.
Pousa uma pomba,
altiva,
que acompanhas com o olhar.
És calmo, de temperamento.
Fome? Nem em pensamento,
não sabes o que isso é,
pois desde que tens ideia,
que tens a barriga cheia.
Primeiro era só o leitinho.
Agora é a sardinha, o verdinho,
Por vezes a marmotinha,
que a senhora Matildinha,
não deixa de te chegar.
E quando o peixe, em demasia
já começa a enfastiar,
lá vem a carne, uma apara,
logo outra e outra ainda
que ali a ti’Adosinda,
não para de te lançar.
De afagos não sentes falta,
muitas mãos te acariciam.
Esses teus donos da praça
e os muitos visitantes
que te olham e acham graça
e com teu olhar se deliciam.

Olhas em frente e aprecias
esta tua condição.
És um gato afortunado!
És um gato do Bolhão!

3 comentários:

ruth ministro disse...

Mais um poema muitíssimo bem construído, bem escrito, bem pensado, de agradável leitura.

Este poema fez-me sorrir. Obrigada.

Beijinhos

Anónimo disse...

Boa ideia e muito bom ritmo. Gosto.
Parabéns.
LS.

Donagata disse...

Obrigada nuvem. Ainda bem que a fiz sorrir, sobretudo hoje.
Um beijo grande e espero que esteja um pouco mais animada.
Beijos.

Anónimo... Nem sei que diga. Vindo de quem vem, só posso dizer que estou prestes a babar o computador todo.
Muito obrigada.
Um beijo e até breve.