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E, mais uma vez me senti intensamente agarrada e enredada na complexidade de sentimentos que o autor tão facilmente controla. Leva-nos a entrar na alma das personagens, põe-nos a pensar como e com elas e, em tantos momentos, quase nos faz tentar mudar o rumo da história…
Mais uma vez gostei muito. Um pouco diferente, em termos estruturais, dos dois que havia lido anteriormente “A mulher certa” e “As velas ardem até ao fim” uma vez que aqui, as personagens interagem um pouco mais. Mantêm todavia, a sua riqueza (personagens muito trabalhadas), e o seu pendor intimista. É espantosa a forma como vai bem ao fundo das suas almas e as escalpeliza pondo a nu os sentimentos e as emoções mais recônditas, as desembrulha sem que, por isso a história cesse de prosseguir, fatalista; sem que todo este aprofundar de sentimentos e a tomada plena da sua consciência consiga inverter o rumo de um destino traçado há vinte anos atrás.
É, quanto a mim, absolutamente imperdível.
3 comentários:
É preciso ousar
pelo menos sonhar
mudar o rumo da história
É verdade mar arável. É pelo menos uma obrigação que sinto ter: ousar mudar.
Comecei hoje a ler "A mulher certa"... Confesso que fiquei absolutamente vidrada. A tal ponto que me obriguei a repetir a leitura de vários parágrafos, para poder integrar bem nos meus esquemas mentais os sentidos das coisas aparentemente simples que o autor vai dizendo... Mas que na realidade são de uma profundidade abissal.
Estou a adorar.
Beijinhos, muitos.
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