Sexta-feira passada fui assistir a mais uma palestra daquelas que vou tendo conhecimento relativas à problemática do “Síndrome do espectro do Autismo”.Esta teve por tema o “AUTISMO A realidade vista do Exterior”, e referiu-se essencialmente ao síndrome de Aspergen, a forma mais ligeira desta patologia. Esteve a cargo do Dr. Nuno Lobo Antunes ilustre especialista da área de neurologia pediátrica e, entre outras coisas, ligado ao CADin instituição que estuda as perturbações do desenvolvimento infantil e juvenil e visa a integração social de crianças e jovens que evidenciam estes problemas.
Confesso que é uma temática que me diz muito dado que estive ligada, num dado momento da minha vida profissional, à criação das primeiras UIEAs (Unidades de Intervenção do Espectro do Autismo). Travou-se uma grande luta mas, no momento. as salas existem e funcionam proporcionando, apesar das alterações ultimamente verificadas ao nível do ensino especial (que, na minha opinião complicaram muitíssimo o apoio a dar às crianças portadoras de deficiência, numa perspectiva de integração, claro), o melhor que pode ser dado a estas crianças na escola pública.
Foi portanto com enorme expectativa que fui assistir à já referida palestra. Foi fantástica. O Dr. Nuno Lobo Antunes faz jus ao apelido que usa e revelou-se, além de um expert no assunto, o que não foi surpresa nenhuma, um comunicador agradável, acessível, com um imenso sentido de humor tendo optado pelo recurso a algumas metáforas interessantíssimas de forma a aligeirar o tratamento de aspectos muito delicados.
Expôs, de forma simples e perfeitamente clara, os traços mais determinantes que podem levar a suspeitar e a diagnosticar um síndrome de Aspergen nas várias idades tendo sempre em conta os aspectos comportamentais. Sobretudo, como é amplamente sabido, aqueles que se referem à interacção social.
Ao fim de algum tempo a ouvi-lo referir-se aos aspectos mais comuns dos comportamentos típicos do síndrome do espectro do autismo, até eu já estava convencida que sofria do síndrome de Aspergen pois, a verdade é que todos temos um pouco de algumas das características que o definem. Contudo, o Dr. Nuno aplicou uma metáfora que eu achei interessantíssima para explicar isso mesmo:
“O síndrome do Autismo é como uma constelação que é formada por várias estrelas. No autismo, cada estrela, cada ponto da constelação, é um sintoma e apenas quando se reúne um determinado conjunto de pontos é que podemos dizer com a certeza possível que estamos perante um caso de autismo. Da mesma forma que só podemos dizer que é uma determinada constelação quando identificamos todas as estrelas que a compõem. “
Aparentemente, o síndrome do espectro do autismo é de origem genética e é frequente, ao diagnosticar uma criança, verificar um conjunto de sintomas comuns ao pai (é muito mais frequente no homem), alguns dos quais ele foi aprendendo a criar estratégias para ultrapassar e, outros, até não terá ultrapassado ainda.
Claro que se trata do síndrome de Aspergen sem ter associado outras deficiências mentais.
Enquanto alunos podem revelar competências excepcionais em termos das aprendizagens académicas mas, como são de alguma forma limitados nas suas competências sociais, torna-se difícil interagir com eles de modo a explorar todo o seu potencial sendo necessário para tal técnicas específicas e muita paciência. Aliás, mais uma vez achei muito engraçada a frase com que ilustrou a forma como muitas vezes essas crianças são vistas na escola e que, segundo ele, foi amplamente utilizada pela sua mãe referindo-se quer a si próprio quer aos irmãos:
- “Tão espertinho para umas coisas e tão burrinho para outras!”
Enfim, não me alongo mais embora me apetecesse. Aprendi algumas coisas que não sabia de todo, relembrei outras que já tinha sabido e constatei que o interesse por estes assuntos não se confina à meia dúzia de professores e de pais que tem que lidar com esta problemática, mas a toda a comunidade em geral. A sala, embora grande, estava bem cheia.
Parabéns à Associação de pais e encarregados de educação da Escola Básica do 1º Ciclo pela ideia, pela forma como dinamizou o evento e pelo excelente convidado que escolheu.
Confesso que é uma temática que me diz muito dado que estive ligada, num dado momento da minha vida profissional, à criação das primeiras UIEAs (Unidades de Intervenção do Espectro do Autismo). Travou-se uma grande luta mas, no momento. as salas existem e funcionam proporcionando, apesar das alterações ultimamente verificadas ao nível do ensino especial (que, na minha opinião complicaram muitíssimo o apoio a dar às crianças portadoras de deficiência, numa perspectiva de integração, claro), o melhor que pode ser dado a estas crianças na escola pública.
Foi portanto com enorme expectativa que fui assistir à já referida palestra. Foi fantástica. O Dr. Nuno Lobo Antunes faz jus ao apelido que usa e revelou-se, além de um expert no assunto, o que não foi surpresa nenhuma, um comunicador agradável, acessível, com um imenso sentido de humor tendo optado pelo recurso a algumas metáforas interessantíssimas de forma a aligeirar o tratamento de aspectos muito delicados.
Expôs, de forma simples e perfeitamente clara, os traços mais determinantes que podem levar a suspeitar e a diagnosticar um síndrome de Aspergen nas várias idades tendo sempre em conta os aspectos comportamentais. Sobretudo, como é amplamente sabido, aqueles que se referem à interacção social.
Ao fim de algum tempo a ouvi-lo referir-se aos aspectos mais comuns dos comportamentos típicos do síndrome do espectro do autismo, até eu já estava convencida que sofria do síndrome de Aspergen pois, a verdade é que todos temos um pouco de algumas das características que o definem. Contudo, o Dr. Nuno aplicou uma metáfora que eu achei interessantíssima para explicar isso mesmo:
“O síndrome do Autismo é como uma constelação que é formada por várias estrelas. No autismo, cada estrela, cada ponto da constelação, é um sintoma e apenas quando se reúne um determinado conjunto de pontos é que podemos dizer com a certeza possível que estamos perante um caso de autismo. Da mesma forma que só podemos dizer que é uma determinada constelação quando identificamos todas as estrelas que a compõem. “
Aparentemente, o síndrome do espectro do autismo é de origem genética e é frequente, ao diagnosticar uma criança, verificar um conjunto de sintomas comuns ao pai (é muito mais frequente no homem), alguns dos quais ele foi aprendendo a criar estratégias para ultrapassar e, outros, até não terá ultrapassado ainda.
Claro que se trata do síndrome de Aspergen sem ter associado outras deficiências mentais.
Enquanto alunos podem revelar competências excepcionais em termos das aprendizagens académicas mas, como são de alguma forma limitados nas suas competências sociais, torna-se difícil interagir com eles de modo a explorar todo o seu potencial sendo necessário para tal técnicas específicas e muita paciência. Aliás, mais uma vez achei muito engraçada a frase com que ilustrou a forma como muitas vezes essas crianças são vistas na escola e que, segundo ele, foi amplamente utilizada pela sua mãe referindo-se quer a si próprio quer aos irmãos:
- “Tão espertinho para umas coisas e tão burrinho para outras!”
Enfim, não me alongo mais embora me apetecesse. Aprendi algumas coisas que não sabia de todo, relembrei outras que já tinha sabido e constatei que o interesse por estes assuntos não se confina à meia dúzia de professores e de pais que tem que lidar com esta problemática, mas a toda a comunidade em geral. A sala, embora grande, estava bem cheia.
Parabéns à Associação de pais e encarregados de educação da Escola Básica do 1º Ciclo pela ideia, pela forma como dinamizou o evento e pelo excelente convidado que escolheu.
6 comentários:
estou começando a pesquisar sobre essa síndrome. Gostaria que vc tivesse sido mais claro sobre os conteúdos da palestra
O meu objectivo aqui não foi reproduzir conteúdos científicos da palestra mas sim exprimir a minha opinião sobre a sua qualidade bem como a do autor.
Contudo, não lhe será muito difícil procurar literatura que foque esta problemática uma vez que o seu estudo está em franco desenvolvimento.
Penso que mesmo de Nuno Lobo Antunes poderá encontrar publicações dedicadas ao autismo e ao síndrome de Aspergen mais especificamente. Embora lide com crianças com essa problemática, não sendo uma especialista no assunto, nunca poderia escrever um artigo credível sob o ponto de vista científico, mesmo tentando parafraseá-lo.
Tenho um filho de 4 anos de idade portador da síndrome de aspergen. Gostaria de saber informações de escolas (gratuitas) especializadas em tratamento de crianças com esta síndrome já que seu neurologista afirma que para seu melhor desenvolvimento é necessário que ele esteja inserido em um contexto educacional diferente do da escola pública que é a que atualmente ele frequenta. Desde já agradeço. Karla
Karla, não sei de onde me está a abordar. Se é em Portugal, há escolas oficiais que já têm Unidades específicas para trabalhar o autismo bem como a sua variante síndrome de Aspergen. Quanto a mim é uma questão de se informar junto da Direcção Regional de Educação da sua área quais as respostas possíveis.
Assim mesmo dedicada ao síndrome de Aspergen conheço a CADIN, local onde Nuno Lobo Antunes também dá apoio. É na Estrada da Malveira em Cascais, mas encontra facilmente se pesquisar na net.
gostaria que fosse mais especifico sobre a sindrome já que não sei nada sobre a mesma e estou interssada.
gostaria que fosse mais especifico sobre a sindrome já que não sei nada sobre a mesma e estou interssada.
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