
Pois bem, acabei ontem a sua leitura e, embora possa considerá-lo razoavelmente interessante, não chegou para me convencer verdadeiramente.
Com um enredo que envolve muitos temas como o tráfico de droga, a corrupção, a ambição, a homossexualidade, a intriga, tudo assuntos passíveis de dar belíssimas teceduras, pareceu-me, no entanto, que foram pouco aproveitados, surgindo as situações aparentemente do acaso (intencional?), de forma bastante previsível e, talvez, pouco consistente. Rapidamente se descortina o sentido da trama e se subentende o seu final.
Tendo a seu favor o facto de se desenrolar em terras alentejanas, com personagens cujas atitudes compreendemos bem por se enquadrarem no tipo de pessoas que nos rodeiam e que se inserem no nosso panorama de criminalidade, creio que, foi um pouco exagerado na quantidade de situações em que os envolveu em detrimento da subtileza e do suspense bem como da solidez das personagens.
Reconheço que tenho, em relação à literatura policial, um grau de exigência maior do que em relação a qualquer outro género literário. Não posso dizer, e repito, que tenha ficado inteiramente convencida, contudo irei tentar uma segunda abordagem; tenho intenção de ler “Ulianov e o Diabo” e logo verei se é para manter ou se vou modificar a opinião que este livro me deixou em relação ao autor.
2 comentários:
Já reparou que George Simenon se lê, pela segunda vez, com o mesmo prazer e interesse da primeira?
Um beijinho
Alda
É absolutamente verdade...
Um beijo. Boa semana.
Enviar um comentário