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domingo, 16 de março de 2008

"Crimes Solitários" de Pedro G. Rosado

Como apreciadora de livros policiais e fã incondicional de alguns dos grandes mestres (Agatta Christie, Sir Arthur Conan Doyle, Erle Stanley Gardner, Rex Stout, Ruth Rendell, Geroge Simenon, Ellery Queen, Mary Higgings Clark, Patrícia D. Cornwell, Leonardo Padura, Pepetela com o seu “Jaime Bunda”… citando apenas alguns), comprei por me ter suscitado grande curiosidade, “Crimes solitários” de Pedro G. Rosado. Essa curiosidade advinha do facto de ser policial, por um lado e, por outro, de ser de um autor português dado termos muito poucos a dedicarem-se a este género literário.

Pois bem, acabei ontem a sua leitura e, embora possa considerá-lo razoavelmente interessante, não chegou para me convencer verdadeiramente.
Com um enredo que envolve muitos temas como o tráfico de droga, a corrupção, a ambição, a homossexualidade, a intriga, tudo assuntos passíveis de dar belíssimas teceduras, pareceu-me, no entanto, que foram pouco aproveitados, surgindo as situações aparentemente do acaso (intencional?), de forma bastante previsível e, talvez, pouco consistente. Rapidamente se descortina o sentido da trama e se subentende o seu final.

Tendo a seu favor o facto de se desenrolar em terras alentejanas, com personagens cujas atitudes compreendemos bem por se enquadrarem no tipo de pessoas que nos rodeiam e que se inserem no nosso panorama de criminalidade, creio que, foi um pouco exagerado na quantidade de situações em que os envolveu em detrimento da subtileza e do suspense bem como da solidez das personagens.

Reconheço que tenho, em relação à literatura policial, um grau de exigência maior do que em relação a qualquer outro género literário. Não posso dizer, e repito, que tenha ficado inteiramente convencida, contudo irei tentar uma segunda abordagem; tenho intenção de ler “Ulianov e o Diabo” e logo verei se é para manter ou se vou modificar a opinião que este livro me deixou em relação ao autor.

2 comentários:

Alda M. Maia disse...

Já reparou que George Simenon se lê, pela segunda vez, com o mesmo prazer e interesse da primeira?
Um beijinho
Alda

Donagata disse...

É absolutamente verdade...
Um beijo. Boa semana.