(Imagem: "Quem vem e atravessa o rio" de Joana Almeida)
Adoro este poema bem como a música que lhe foi adaptada quase tanto quanto gosto do Porto... Consegue exprimir o sentimento reconfortante de quem chega a casa.
Composição: Carlos Tê / Rui Veloso
Quem vem e atravessa o rio
Junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar
Quem te vê ao vir da ponte
és cascata, são-joanina
dirigida sobre um monte
no meio da neblina.
Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.
E esse teu ar grave e sério
dum rosto e cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria
[refrão]
Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento
E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa
5 comentários:
Olha so a coincidencia; fui hoje ao porto tirar fotografias porque o meu trabalho de geografia é precisamente sobre este poema ;)
Realmente é mesmo uma coincidência.
Mas o poema é lindo. Dará sem dúvida um excelente trabalho.
bjs.
Partilho a admiração pelo poema, pela melodia e pela belíssima vista que vemos na fotografia.
Apesar de não ser do Porto e de, por consequência, não ter esse sentimento reconfortante de que fala (que tenho antes quando avisto a luz da minha Lisboa), acho o Porto uma cidade encantadora e onde me sinto bem. Posso mesmo dizer que há um pedacinho de coração meu que já pertence ao Porto...
Beijinhos
Admiro muito o Porto, como cidade,e perco-me frequentemente pelas ruas estreitas em Mira Gaia, que são dos mais pitoresco e lindo que há em Portugal!A sua história, as pontes, mas pricipalmente as pessoas pela simpatia, acessibilidade e autenticidade. Tive a sorte de ficar hospedada na Foz, ai que saudades! Se virmos bem, poucos são os nativos de Lisboa, basta ver aos fins de semana a cidade completamente vazia, sem vida, o que é desconcertante... sou uma nativa de Lisboa com o coração no Norte. Tenho dito. Quem sabe um dia...
beijos
Fico muito satisfeita, nuvem, por sentir que um pedacinho do seu coração também já bate pelo Porto.
Clara, quem cá vive, ou mesmo passa apenas, creio que leva sempre uma marca indelével, uma saudade.
Eu também não sou nativa do Porto, mas o meu coração acha que sim!
Beijos.
Enviar um comentário