(Imagem: The dream by Pablo Picasso)
Por vezes sinto-me num sonho,
solto-me, deixo-me voar
dispo esta pele que exponho,
escapo de mim e suponho,
poder não mais acordar…
E fico nesta ilusão,
nesta quimera, nesta ideia,
a minha alma devaneia,
num capricho de evasão.
Fantasio – me a acostar,
em porto de águas serenas,
onde escondo as minhas penas
e retomo o meu vogar.
Mas esta fantasia, esta cegueira,
este delírio algo insano,
não é mais que uma barreira,
uma mentira grosseira,
a criar meu próprio engano.
Donagata em 2008/03/13
Por vezes sinto-me num sonho,
solto-me, deixo-me voar
dispo esta pele que exponho,
escapo de mim e suponho,
poder não mais acordar…
E fico nesta ilusão,
nesta quimera, nesta ideia,
a minha alma devaneia,
num capricho de evasão.
Fantasio – me a acostar,
em porto de águas serenas,
onde escondo as minhas penas
e retomo o meu vogar.
Mas esta fantasia, esta cegueira,
este delírio algo insano,
não é mais que uma barreira,
uma mentira grosseira,
a criar meu próprio engano.
Donagata em 2008/03/13
2 comentários:
Que lindo...
Um engano, mas um doce engano... E por vezes um princípio de acção, porque afinal dos sonhos nasce a obra.
Seja como for, deixemo-nos levar por este delírio, como lhe chama, de quando em vez, pois a vida sem um pouco de loucura não tem graça nenhuma...
E já agora, encontro aqui um paradoxo. O mesmo poema que nos diz que o sonho é um engano, faz-nos sonhar! Sra Donagata... Assim deixa-nos mesmo insanos!... Mas felizes :)
Parabéns. E mil beijinhos.
Obrigada, nuvem. Mesmo nos seus comentários (muito generosos, diga-se)derrama poesia.
Um beijo grande.
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