“As pequenas memórias” de José Saramago
São, como o título do livro indica, um conjunto de memórias do que foram alguns episódios marcantes da infância e da adolescência ou pré-adolescência do autor passados entre as diversas casas (ou partes de casa) que habitou em Lisboa com os seus pais e a casa dos avós na aldeia de Azinhaga, banhada pelo Almonda que se encontra um pouco mais adiante com o Tejo.
Nele se descrevem vivências diversas: brincadeiras, trabalhos, desgostos, inquietações, vergonhas, sucessos, amizades, amores, desamores e outras emoções que têm em comum o facto de terem sido marcantes, se não determinantes, na vida de José Sousa (Saramago apenas por influências de Baco), enquanto escritor.
Escrito de forma simples, despretensiosa, fluída, sem os já habituais artifícios de pontuação, mas, obviamente, de excelente qualidade literária, vai-nos contando os vários episódios, eivados de candura, humor, realismo e ternura, sem lamechices ou nostalgias exageradas, com que nos conduz pelos diversos locais, acompanhando-o nas sucessivas experiências por ele vividas (sucessivas não do ponto de vista cronológico mas porque se sucedem na narrativa).
A meu ver, um defeito a apontar: o final. Deixou-me perplexa e insatisfeita; de água na boca. Então e o resto?
São, como o título do livro indica, um conjunto de memórias do que foram alguns episódios marcantes da infância e da adolescência ou pré-adolescência do autor passados entre as diversas casas (ou partes de casa) que habitou em Lisboa com os seus pais e a casa dos avós na aldeia de Azinhaga, banhada pelo Almonda que se encontra um pouco mais adiante com o Tejo.
Nele se descrevem vivências diversas: brincadeiras, trabalhos, desgostos, inquietações, vergonhas, sucessos, amizades, amores, desamores e outras emoções que têm em comum o facto de terem sido marcantes, se não determinantes, na vida de José Sousa (Saramago apenas por influências de Baco), enquanto escritor.
Escrito de forma simples, despretensiosa, fluída, sem os já habituais artifícios de pontuação, mas, obviamente, de excelente qualidade literária, vai-nos contando os vários episódios, eivados de candura, humor, realismo e ternura, sem lamechices ou nostalgias exageradas, com que nos conduz pelos diversos locais, acompanhando-o nas sucessivas experiências por ele vividas (sucessivas não do ponto de vista cronológico mas porque se sucedem na narrativa).
A meu ver, um defeito a apontar: o final. Deixou-me perplexa e insatisfeita; de água na boca. Então e o resto?
Porém, e sem retirar nada daquilo que disse, uma dúvida se me coloca: se este mesmo livro, com esta simplicidade (não confundir com simplismo), tivesse sido apresentado a um qualquer editor sem que exibisse este nome de autor, será que teria merecido da parte daquele a mesma atenção? Será que teria tido mesmo honras de publicação? E se as tivesse tido teria sido procurado e lido pelo mesmo número de pessoas que o fez? E na hipótese (remota, julgo eu) de ter tido os mesmos leitores, teria merecido o mesmo tipo de análise/crítica?
Da para pensar um pouco, ou não?
Da para pensar um pouco, ou não?
1 comentário:
A vida é um ciclo de marés e merinheiros
Enviar um comentário