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quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Acordar

Acordo.
Um pouco tarde
Talvez.
Espreito pela janela.
À minha esquerda,
O Sol,
Bem cheio,
Bem redondo,
Já bem destacado no horizonte,
Já com promessas de calor,
Espalha prodigamente
Os seus raios de ouro.
Sigo alguns, os mais atrevidos
Que, na minha frente,
Executam um bailado
Suave e belo
Por sobre as águas
Desse mar tão azul,
Tão intenso.
Mas, eis que de repente,
Pousam nos três barquinhos
Que dormem ainda.
E, cuidadosamente,
Agora em pontas,
Suavemente,
Pintam-nos de oiro.
Transportam-nos para o sonho,
Para a fantasia
Para a hipótese de serem galeões,
Caravelas ou naus,
De vogarem sobre outros mares,
De viverem outras vidas,
Outros mundos,
Outros sois.
E é com eles,
Que quero partir
E ser também
Outra Eu.

Donagata em 26/09/2007

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