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sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mais duas perdas...

Era estranho!
Seria?
Era controverso.
Sem dúvida.
Pelas suas atitudes, pelos boatos que corriam a seu respeito, até pela sua ingenuidade...

Contudo, gostássemos ou não gostássemos, era um ícon da música pop.

A ninguém era indiferente.

Julgo que não será esquecido nunca.

Morreu Michael Jackson!




Como se não bastasse um, sucumbiu também, vítima de doença prolongada, a actriz Farrah Fawcet, símbolo sexual dos anos 70 que se tornou conhecida em "Os Anjos de Charlie"
assim como as outras duas protagonistas Kate Jackson e Jaclyn Smith.

Fizeram as delícias do meu imaginário no final da minha adolescência...

12 comentários:

Anónimo disse...

Requiem às segundas, que a ligação do primeiro à pedofilia não me deixa margem de dúvida. A ser verdade e tudo indica que sim, não se perdeu grande coisa. Espero que ele seja um menino pequenino no inferno e haja muitos grandes bem maus. A ser verdade... a não ser, requiem também pare ele.

Donagata disse...

Não consigo ser assim. Ter tantas certezas... Para mim, sobretudo no que concerne a estas pessoas muito mediáticas, nem tudo é absolutamente preto ou absolutamente branco; há uma área enorme de cinza. Há sempre imensa gente a tentar tirar proveito desta gente.

Não pretendo branquear a sua imagem, de jeito nenhum (isto, no caso dele, até parece que estou a tentar fazer uma piada... não é o caso). A pedofilia é dos crimes mais hediondos que eu consigo conceber mas, curiosamente, nunca fiquei com certezas tão absolutas dessa situação...

Tirando tudo isso, gostemos ou não gostemos, foi um símbolo emblemático da música pop dos finais do século XX.

Anónimo disse...

Escrever na ponta do dedo e depressa nem sempre resulta: quando disse "não me deixa margem de dúvida" o que quis dizer foi que, a ser verdade, não lamento a perda. A ser mentira, merece a minha consideração, ainda que depois venha a questão do "branco" que também agride q. b. a minha postura anti-racista. Não tenho margem de dúvida em termos desta minha opinião, era isso que queria dizer.
Ainda em relação à ligação dele à pedofilia, a minha margem de dúvida também é grande, particularmente porque o escândalo rebenta numa fase da vida dele em que a debilidade física já era por demais visível. Assim fico, no caso da pedofilia, a dar o benefício da dúvida.
O emblemático é verdadeiro, mas está muito ensombrado. Não consigo perceber como se mantêm iconos que espelham um dos grandes dramas da humanidade que ainda hoje se vive intensamente: o racismo: ainda que também se posso subverter este pensamento, mostrando o drama de um homem para o qual a vivência do racismo foi tal que passou a desejar ser branco.
Enfim, como diz, e muito bem, "concerne a estas pessoas muito mediáticas, nem tudo é absolutamente preto ou absolutamente branco".
Reconheçamos, pelo menos, com alguma pena, tratar-se de um verdadeiro louco.

Donagata disse...

Bom, parece que vamos recomeçar a nossa proverbial dialéctica...

Não considero propriamente uma consequência de pressões racistas a sua vontade de ser branco.
Tenhamos em conta que era já um artista de grande fama quando criança e absolutamente na sua cor original, fazia carreira com os irmãos nos Jackson Five. Os irmãos mantiveram-se como eram. Ele, indubitavelmente o mais bem sucedido mas, precisamente por isso, também o mais pressionado, foi mudando paulatinamente de feições e de cor até ao ridículo.
Não é isso que fazem as actrizes, locutoras e outros elementos da socialite, bem menos famosos e sujeitos a pressões, quando aumentam drasticamente as mamas, elevam as maçãs do rosto até parecerem descendentes de alguém do tipo negróide, aumentam os lábios até parecerem umas tomadas chuck, fazem modelações corporais até não poderem mais pois já têm 3 umbigos e coisas semelhantes?...
E os que se drogam até ao limite da morte?
Pois eu aqui acho que ele apenas não gostava de ser negro não tanto por questões raciais mas apenas pela grande dose de ingenuidade,insegurança, inconsciência e loucura.

Anónimo disse...

E depois o estranho é que, apesar de toda a controvérsia que geram, permanecem iconos... e eu não entendo se é pela qualidade artística, se pela projecção que lhe dá a loucura.
Um beijo dialético ;)

pin gente disse...

sem dúvida duas perdas!
beijo

wallper.lima disse...

Olá amiga!
Inesquecível! Jamais teremos outro!
Quando vc puder veja a homenagem que fiz a ele em meu blog.
Bjs.
Waleria.

Elisabeth disse...

Oi. Foi um artista que marcou pelo talento e pelos desvios de personalidade.
Uma vítima, mas um ser humano a criar mais vítimas com o endosso da sociedade.
Nâo se pode permitir tudo em nome da arte. Há limites.E consequêncais.
O ciclo vicioso continuará com as novas vítimas que se criaram.
Quanto a Farraw Fawcet sinto a perda de um sonho da adolescência.
Quem na época não queria ser uma "Pantera"(Angel)?
Beijocas . Elisabeth

Anónimo disse...

Peço desculpa pela colherada, mas a Elisabeth escreveu o melhor comentário que já li sobre o tema em post:

Foi um artista que marcou pelo talento e pelos desvios de personalidade.
Uma vítima, mas um ser humano a criar mais vítimas com o endosso da sociedade.
Nâo se pode permitir tudo em nome da arte. Há limites.E consequêncais.
O ciclo vicioso continuará com as novas vítimas que se criaram.

!

Elisabeth disse...

Oi Susana. Obrigada pelo reforço.Triste que aconteça assim na nossa sociedade mas não é o primeiro ou único caso. A história do show business está repleta de abusos com menores.Tambémcom adultos A sociedade tende a ser licenciosa com quem tem fama e prestígio. Beijocas .

Anónimo disse...

Beijocas Beth e donagatita!

Donagata disse...

Olá. É verdade eu por aqui.
Elisabeth, apreciei o seu comentário acerca do assunto, sobretudo quando o apresenta como uma vítima é certo mas também como um ser humano responsável pelos seus actos. Se foi ou não criador de tantas vítimas, como já disse, sobram-me algumas dúvidas. E, quanto mais leio sobre o assunto, mais dúvidas acumulo...
Quanto a mim a maior vítima das suas enormes irresponsabilidades foi ele mesmo. Teve que ser um adulto enquanto criança muito pequenina e optou por se manter criança quando adulto. Obviamente com as consequências que isso traz.

Em relação ao seu segundo comentário, julgo que queria dizer que a sociedade "tende a ser branda com quem tem fama e prestígio", pois licenciosa significa depravada, desaforada, desenfreada... E isso ela não é.

Um beijo.