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quarta-feira, 17 de junho de 2009

Mais um despiste


Ai isto não era para fazer? Upppss!


Mais uma vez algo de estranho me aconteceu! Pois foi. Só que se calhar, pensando bem, nem foi tão estranho assim…

Vá lá, vou contar. Há já uns dias que havia sido convidada para a tomada de posse do Director eleito para o Agrupamento de Escolas que eu ajudei a gerir durante alguns anos.

Tal acontecimento teria lugar ontem, dia 16, pelas 18.30 h na sede do dito Agrupamento.

Eu, tal como algumas outras colegas, faríamos parte das … chamemos-lhe “convidadas de honra” uma vez que já nada temos a ver com a escola a não ser a saudade e alguma nostalgia de coisas boas que se perderam (naturalmente em prol de outras que se ganharam, quero crer!).

Bom, a verdade é que me esqueci completamente! E, tinha, muito cuidadosamente tomado nota do evento num enorme calendário que se encontra bem aqui na minha frente (estou a olhar para ele e, até sem óculos, consigo ver a referida anotação).

Hipóteses para essa falha minha que me deixou muito entristecida e da qual só dei conta quando, já bem perto das 9h, me ligaram para saber se algo de mau se tinha passado comigo…

1. Um acto falhado.

E o que são actos falhados? Perguntarão vocês. Pois são aqueles pormenores insignificantes, bizarrias do nosso comportamento que não percebemos... os actos falhados resultam da interferência de intenções diferentes que entram em conflito. São os desejos recalcados que dão origem aos actos falhados. Segundo o grande mestre da Psicologia, Freud: São acidentes de carácter insignificante e de curta duração. O que já me deixa um pouco mais descansada.

Aqui coloca-se-me uma dúvida. Quais seriam as intenções diferentes que terão dado origem ao suposto conflito?

Pensei, pensei e voltei a pensar e, francamente, não encontrei nenhuma que se adequasse ao caso.

Quais seriam então os desejos recalcados que andam por aqui, pela minha mente (andam alguns, confesso, mas penso que não interferem nestas coisas. Estão noutro patamar.) que possam ter justificado o esquecimento?

Pois que não sei. Pois que por aqui fico na mesma.

E passamos assim à hipótese 2

2. Estou a ser atacada, prematuramente, quero crer, por aquele senhor alemão que se insinua nos nossos cérebros e faz de nós, mais dia, menos dia, verdadeiros vegetais. Eu chamo-lhe, carinhosamente, numa tentativa de o aplacar e manter distante, o “Tio All”.

Pois bem, eu tenho lapsos de memória, é certo, mas não temos todos? Ainda sei dizer muito bem o meu nome, reconheço as pessoas quando passo por elas (a não ser que não queira), reconheço todos os caminhos e lugares, tenho um excelente sentido de orientação (se excluirmos o Norte-Shopping), lembro-me de comer todos os dias (infelizmente), cumpro a maior parte dos meus compromissos…

Também não. Também penso que não será por aqui que vou entender o que se passou. Acho que tenho ainda o “Tio All” aplacado e satisfeito comigo.

3. As endorfinas

E o que são essas “bichas” (credo, que palavra estranha)?

As endorfinas são geradas no cérebro e agem em todo o sistema do corpo humano de forma especial. Elas actuam tanto no aspecto orgânico como psicológico. O seu propósito é manter a "felicidade", promover o suporte para o sistema imunológico, enfim favorecer na construção do nosso bem-estar.

A ciência médica descobriu que a produção das endorfinas ocorre naturalmente no nosso corpo através da prática desportiva, dos exercícios de relaxamento, ou em actividades que nos dão prazer.

Enfim, para abreviar, “as endorfinas são a ganza dos pobrezinhos” e consegue-se dando o corpo ao manifesto no ginásio, em casa, na rua, enfim, façam o favor de extrapolar pois também não me apetece dizer tudo.

A verdade é que ontem não tinha sido dia de ganza… Tinha ficado em casa por razões meritórias, de facto, e estava prestes a trepar pelas paredes de tanta falta de endorfinas…

Bom. Vamos lá parar de procurar razões onde as não vou encontrar certamente. Todas as pessoas que me esperavam, pelo menos a maioria, conheciam perfeitamente a minha proverbial capacidade de despiste que apenas era minorada pela utilização constante de um caderno A4, que acabava por ficar nojento, mas que continha tudo, absolutamente tudo, quanto tinha de fazer.

Pois é. Eu agora não tenho caderno A4. Ou seja, até tenho, mas com outras funções.

Pura e simplesmente esqueci-me!

Nem mesmo vos posso afiançar que, se se tivesse dado o caso de ter olhado para o calendário, tivesse percebido que estava no dia do evento…

Resta-me pedir imensa desculpa pelo meu lapso absolutamente imperdoável.

A todos quantos estiveram presentes (a maioria dos quais nem deu pela minha falta) mas sobretudo a quem me aguardava e me convidou não por mera formalidade mas com muita vontade que eu estivesse mesmo presente.

Para essas um beijo do tamanho da minha amizade (também pode ser do meu despiste mas penso que embora grande, a AMIZADE que nutro por vós é bem maior).

Pronto. Já choro.

9 comentários:

pin gente disse...

são mesmo coisas que acontecem... a todas!!!
eu escrevo na agenda, mas depois esqueço-me de a ler!

beijo de consolo (se servir)
luísa

Donagata disse...

Que remédio! Já foi!

O blog da tia...inha disse...

Olá Dona Gata esquecida:-) claro que acontece.
Mas li o teu post girissimo e é só para te dizer que eu dei pela tua falta.Agora não te esqueças de sabado.
Beijinhosssssssssssssssssss

Donagata disse...

Oh tia...inha. Explica-me lá quem és tu.
O teu perfil é omisso, os teus postes só me dizem que tens sobrinhos... O que, aliás já tinha intuído do nome do blog...

De qualquer modo um beijo.

O blog da tia...inha disse...

Olá .Sou a Elsa Pedra. Como não tenho geito para escrever não entendo nada de pôr fotos nem organizar o blog .......depois os meus sobrinhos não comentammnada.daí o meu blog estar no estado que está.

Beijinhos para ti.

Elsa

Donagata disse...

Ah! Já percebi. Nunca mais lá chegava!

Agora começo a comentar eu.
Beijos.

Tia [Zen] disse...

Donagata, lembra-se de mim? :-)
Achei este seu post o máximo...
Bjs

Donagata disse...

Então não houvera de lembrar? Claro que sim.

Obrigada. Ainda bem que gostou.
Vamos lá a ver o que é que a Susana vai dizer das endorfinas...

beijos.

wallper.lima disse...

Olá Donagata!
O fato de esquecer é complicado, mas fazer o que se não lembrou! Digo que comigo isso é difícil de acontecer pois tenho uma memória de elefante!Rsrsrs... mas isso aconteceu com meu irmão, que esqueceu da festa de aniversário de 15 anos da minha sobrinha, e depois quando se deu conta no dia seguinte, ficou super triste.
Bjocas.
Wal.