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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

EU; COBAIA (CapítuloVII)


Capítulo VII

E lá cheguei finalmente ao último teste! Hoje sim, hoje estou verdadeiramente satisfeita. Por um lado porque os picos de hoje são diferentes: Não são bem picos, são “piquinhos”. Duram apenas 30 segundos cada e são repetidos por três vezes. Mas esses 30 segundos, cuidado, são verdadeiramente intensos. Destinam-se a testar menos o esforço cárdio e mais o esforço muscular (espero não estar a dizer um imenso disparate mas, se estiver, a culpa é, obviamente, das... endorfinas, claro, e não da minha ignorância acerca destes assuntos.). Assim, estou convencida que se ultrapassei o anterior, neste “I will survive as well”!

Cheguei à piscina agindo já como uma profissional destas andanças que, afinal de contas, já sou.
Depois das medições, das picadelas, da colocação do frequencímetro, do seu ajuste e de todas aquelas actividades iniciais, lá fui eu mais a outra vítima que actuava comigo para a água para darmos o nosso melhor.

Começou a aula. A música era boa, a batida era convidativa e a professora é francamente estimulante. Tudo correu muito agradavelmente até aos...”piquinhos”. Pois foi. Aí a música continuou boa, a batida excelente a professora do mais estimulante que se pode imaginar, berrava que se fartava para não nos deixar “quebrar”e as minhas pernas, a dada altura, entraram em auto-gestão. Penso que continuava a batê-las mas, a verdade, é que já não as sentia lá muito bem o que devia ser bom, mas não era.

Nunca imaginei que 30 segundos pudessem demorar tanto tempo! Mas aguentei! Aguentei as três vezes.
No final, lá vieram rapidamente medir-me os valores necessários o mais próximo possível da tortura. Parece que correu bem. Pelo menos saí pelo meu pé e não vi ninguém com ar exageradamente preocupado quando apontou os valores. Penso que os saberei mais tarde quando devidamente analisados. Mas, para já, o que eu sei mesmo e disso tenho a certeza, é que dei por encerrada a minha incursão pela vida atribulada das cobaias.
Confesso que pensei que fosse mais simples e com uma menor carga de responsabilidade. O medo de estragar o trabalho à pequena é o pior de tudo. Contudo, apesar do esforço, diverti-me imenso. As pessoas envolvidas são todas excelentes. Jovens e alegres quase me "adoptaram" fazendo com que me sentisse sempre muito bem mesmo quando me sentia quase a morrer.
Valeu a experiência.

3 comentários:

Anónimo disse...

"Mas, para já, o que eu sei mesmo e disso tenho a certeza, é que dei por encerrada a minha incursão pela vida atribulada das cobaias."

devia ser proibído escrever mentiras nos blogs...

UM GRANDE BEIJINHO E OBRIGADA POR ESCREVER AQUILO QUE NÓS NUNCA CONSEGUIMOS MEDIR, APENAS DESCONFIAR: AS SENSAÇÕES DAS DONAS COBAIAS PERANTE OS PROTOCOLOS DE INVESTIGAÇÃO. OS SEUS ESCRITOS FIZERAM DESTA INVESTIGAÇÃO UM MOMENTO ÚNICO, QUE JAMAIS ESQUECEREMOS.

Anónimo disse...

Pois é..pois é...quem disse que acabou???aguarde o meu telefonema porque temos "cenas" do próximo capítulo....

Adorei as palvras escritas sobre esta inestigação que já começou a ser publicada mesmo antes da sua concretização:)Um grande beijinho com muito carinho e a minha eterna gratidão

p.s.não esqueçam ainda falta tese de mestrado e/ou doutoramento :) ehehe

Donagata disse...

Vá lá, não me assustem. Eu sou uma senhora de idade, bolas!