Páginas

quarta-feira, 8 de julho de 2009

“As fabulosas histórias dela” de Beatriz Pacheco Pereira


Mais um livro dos que comprei nuns celebérrimos “saldos”, por 2€, o qual não tinha tido ainda oportunidade de ler.

Como é um livro pequeno, com cerca de 100 páginas, aproveitei os últimos três dias para o ler dado que tinha também muita poesia para escolher e dizer, além do meu espectáculo de tango argentino (fabulástico, diga-se). Enfim, uns dias muito movimentados se bem que ecléticos nas actividades a que me entreguei.

Curioso foi o facto de apenas quando dei início à sua leitura é que me apercebi que a autora, Beatriz Pacheco Pereira, que eu conhecia das lides do cinema, da crítica, da criação de uma revista cinematográfica mas, sobretudo, da organização com Mário Dorminsky do Fantasporto, festival que mexe com o cinema no nosso país, é irmã do original, do verdadeiro JPP. Também, com este nome, quem poderia adivinhar?!

Santa ignorância!

Bom, isso na realidade não interessa pois, a verdade, é que esse facto não vem tirar nem pôr nada na qualidade do livro.

Em relação a este eis o que se me oferece dizer. É um conjunto de oito contos, todos no feminino que têm em comum, além disso, o passarem-se no Porto.

São histórias tristes, de desencanto, desesperança, desamor e solidão que várias mulheres (uma só?) partilham com o leitor e que tantas de nós, leitoras, tão bem conhecemos.

Fui lendo esses contos, um atrás do outro, sem que realmente me tivessem deixado grande marca. Poderei mesmo dizer que senti uma certa indiferença… Porquê? Não vos sei dizer.

Está muito bem escrito, com simplicidade mas excelência, denota uma sensibilidade muito própria mas, confesso que não me agarrou.

Então se o comparar com outro que li há bem pouco tempo, também de pequenos contos, do qual já aqui falei “Vinte maneiras diferentes de contar a mesma história”, a distância é grande em desfavor do de Beatriz Pacheco Pereira tendo sobretudo em conta que o outro surgiu de um concurso; não foi escrito por nenhuma autora consagrada.

Eu sei, eu sei, tenham calma, que não é bonito fazer comparações entre livros. Cada livro tem uma identidade própria, só sua e que não se destina a parecer-se com nenhum outro. Ou seja não se destina a ser alvo de comparações pois todas serão falaciosas.

Porém, pretendo apenas com esta analogia, relacionar livros do mesmo género (pequenos contos), que surgem no mercado de formas diferentes, tendo sido, naturalmente, muito mais fácil a publicação deste que estou a comentar do que o outro que teve de se submeter a um concurso e só depois, como prémio, viu a sua obra publicada. E, no entanto, no meu ponto de vista, o outro é tão mais rico…

Mas, apesar de tudo, considero um livro agradável de ler, sobretudo se se é mulher, pois retrata muito bem, com muito sentimento e realismo, alguns aspectos por que todas nós, uma vez ou outra, já passámos.

2 comentários:

ruth ministro disse...

E eu que não tenho lido nada... Que desgraça! Mas já estou como a outra "mas não digas a ninguém..." hehehe

Um beijinho :)

Elisabeth disse...

Oi.
Adoro livros , gatos , blogs bonitos como o seu. Também gosto imensamente de perfumes e tenho um blog sobre. Venha visitar-me para trocarmos opiniões.
Se me permite tomarei "emprestada" uma imagem ou poesia ocasionalmente. Beijocas Elisabeth