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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

“ A Gaiola Dourada” de Josephine Cox


Mais um dos romances que comprei nos “saldos”.

É interessante, lê-se bem, sem nos dar a ideia de estarmos a perder tempo. Tem um enredo que faz jus à imaginação da autora que, embora ainda não conhecesse, deve ser fabulosa.

Creio que bastante ao gosto britânico e dirigido, julgo eu, mais ao gosto feminino, neste livro podemos encontrar um pouco de tudo: crianças (e adultos) maltratadas, chicoteadas, presas em masmorras, assassinatos, condenações injustas, enforcamentos…

Enfim, tudo isto associado a paixões proibidas, encontros e desencontros, amores cruzados (alguns acabam mesmo por se descruzar), pessoas que são umas pestes e que terminam arrependidas e quase “santas”. ..

Bom, na minha opinião, matéria suficiente para uma boa meia dúzia de romances com um bom enredo.

Como tenho ainda outro, da mesma autora, comprado no mesmo “saldo” para ler, estou curiosa acerca do que a senhora vai engendrar para lá colocar.

Apercebi-me de alguns erros de tradução que têm alguma justificação dado o livro, no seu original, estar escrito num inglês popular de classes baixas, com termos e expressões idiomáticas não existentes na nossa língua, cujo sentido é de difícil reprodução. Não fica, pelo menos, uma escrita muito elegante.

A autora é, segundo apurei, das autoras britânicas mais lidas. Portanto, por 1,49€ fiquei a conhecer um género diferente e muito empolgante.

6 comentários:

Alda M. Maia disse...

Tenho de dar um salto ao Porto, ao Pavilhão Rosa Mota (se é que ainda não encerraram esse paraíso tentador dos livros).
Já reparou que certas traduções, mesmo de boas obras literários que mereceriam maior atenção, são um desastre? "Traduttore, traditore"
Um beijinho

Donagata disse...

Está a referir-se à feira do livro que costuma ocorrer lá ou à biblioteca que existe dentro dos jardins do palácio de cristal?

Anónimo disse...

Na minha opinião a qualidade de um livro verifica-se logo no início, nas primeiras páginas! Essa experiência advém-me dos muitos livro que tenho lido! Impossível saber quantos, mas foram muitos. Noite que não leia, é sinal de que "um santo vai cair de um altar"! É mais ou menos isto!Um dia destes caiu-me nas mãos uma obra cuja autora nos entra habitualmente em casa, através de um programa de televisão, especialmente dedicado à populaça! Não aguentei! Não li mais do que meia dúzia de páginas! Ou estava num dia aziago ou, então, foi mesmo verdade que li o pronome pessoal «eu», vezes de mais!Tenho lido bem melhor, apesar de menos publicitado!

Donagata disse...

Normalmente, esses, até já nem compro. Pode ser preconceito, admito, mas há livros e autores que não compro. Então quando se trata desses pseudo-escritores (sim, porque hoje em dia todo o mundo escreve!), que se aproveitam da sua imagem, noutros campos para escrever histórias muito sentimentais, nem pensar. Também, normalmente, esses livros estão direccionados para um determinado público alvo. Claro que são dos mais vendidos, mas seguramente, não são dos melhores.

Sou uma leitora um tanto compulsiva, é verdade, mas também um pouco selectiva. Mesmo assim, lendo cuidadosamente as sinopses, as críticas, etc. já tenho enfiado alguns barretes. Assim como, também já tenho tido inesperadas surpresas agradabilíssimas.

Contudo, sou de opinião que não há livros verdadeiramente maus. Posso não gostar, estar mal escrito, ser aborrecido... Mas, apesar de tudo isso, ou por causa disso, aguça-me o espírito crítico e ajuda-me a ser mais selectiva, mais cuidadosa.

Alda M. Maia disse...

A informação que li, sobre livros com preços verdadeiramente inflacionados, penso se referisse ao pavilhão Rosa Mota, visto que a feira do livro querem transferi-la para a velha sede, a Av. Dos Aliados. Ou estarei errada?
Ainda bem que aludiu às obras - por comodidade, chamemos-lhes literárias - de autores conhecidos por outras razões. Sabe que não consigo chegar ao fim? Muita palha e tão pouca beleza! Por vezes até com erros ortográficos.
Ofereceram-me um ou dois; de moto próprio nunca os compraria.
Um abraço

Donagata disse...

Soube hoje que está, de facto, a decorrer uma espécie de feira do livro no Pavilhão Rosa Mota. Quando li o seu comentário não tinha essa informação.
E creio que é verdade, estão a pensar passar a "Feira do Livro" para a praça da Liberdade.
Eu até pensei ir hoje de tarde ao Pavilhão Rosa Mota, mas pôs-se um tempo... Acabei por decidir que o melhor, mesmo era ficar em casa.

Estes livros que eu comprei por 1,49€ foi mesmo na Bertrand e creio que são apenas edições deles.
Devem ser obras paradas há muito tempo que eles querem despachar.

Um beijo.