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sábado, 5 de janeiro de 2008

Propósitos de Ano Novo

(Imagem: "A Gata" de Amadeu Mondigliani)
Não sou pessoa de estabelecer grandes metas para cada ano que começa até porque, sendo como sou, possuidora de um espírito de contradição tal que me dá até gozo contrariar-me a mim própria, estariam logo à partida condenadas ao fracasso total.

Por outro lado não acredito lá muito nesses propósitos de “emenda” que se fazem no calor da emoção que sempre se vive na quadra que acabamos de atravessar. É um momento do ano em que nos tornamos mais sentimentais, mais emotivos e em que a sensibilidade se encontra mesmo à flor da pele. Assim, tendemos a dar muita relevância àquilo que, se calhar, na realidade e analisado noutro momento, nem é tão importante assim.

Por isso, em 2008, vou continuar a fazer a minha vidinha normal, sem outras alterações que não aquelas que me forem ditadas pela vontade do momento e pela possibilidade de as executar. Continuarei a alimentar cuidadosamente a minha, já bem desenvolta, diga-se, preguiça, procurando fazer o menos possível daquelas coisas que eu não gosto, aumentando contudo a percentagem das actividades que me dão realmente prazer.
Provavelmente terei de comprar uns óculos para que a leitura se torne um exercício mais simples e... Bem, creio que é tudo.

Como se vê pelo exposto, não sou pessoa de grandes projectos até porque, normalmente, implicam grandes maçadas ou então, grandes falhanços. Por vezes até as duas coisas.

E, mais uma vez, incumprindo a tradição, lá vou dar início a um novo ano fazendo parte daquela pequena minoria que decide não haver absolutamente nada que pretenda melhorar, iniciar, retomar, acabar, sei lá!...
Serei uma doce inconsciente? Brilhante na minha lucidez? Ou apenas não estou para isso?!

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