Páginas

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Vozes do Aquém! 3 - Não vou falar de praia!


"Promenade" de Marc Chagall

Hoje tinha intenção de vos falar acerca da minha relação com a praia. Contudo, verifiquei que o André da “Caixa de Costura”, uma vez que fez a sua rentrée mais cedo do que eu (que ainda estou em pleno gozo das minhas férias), se tinha encarregado de me retirar essas manias ao escrever o seu penúltimo post com um título ligado à agricultura (?).

Aparentemente temos uma forma algo aproximada de conviver com o raio da areia que se imiscui em tudo o que é buraquinho, além de se agarrar impertinentemente a cada milímetro de pele descoberta deixando-me com o aspecto de um apetecível (I wished) croquete pronto a entrar nas torturas do óleo fervente.

Tortura é também aquilo que eu sinto sob a impiedade dos raios solares quando não me encontro protegida por uma providencial sombra pelo que passo a vida a ouvir bocas algo irritantes do género: - Não sei porque escolhemos locais de sol radioso para fazer férias?! Estás sempre debaixo do guarda-sol (ou de outra sombra qualquer, convenhamos que não sou esquisita)!

E é a mais pura verdade…

E depois o Mar. O Mar que eu adoro, é certo, sobretudo como paisagem, mas que tem muita dificuldade em acertar com a temperatura que eu gosto! E depois, quando até já consegui ultrapassar aquela linha que me levará a entrar finalmente nas água salgadas ainda que frescotas, lá vem a areia que se enfia por tudo quanto é lado empurrada pelo entusiasmo das ondas, demasiado fortes e desnecessárias quando o que eu queria era um mar chão…

E alguns dos exemplares que, de onde em onde se cruzam comigo! Bem, isso é mesmo para esquecer. Na minha opinião devem julgar que são filhos do dono da praia. Digo eu que não encontro outra explicação para algumas atitudes tão incivilizadas e indiciadoras de faltas de educação como jogar a bola em cima das restantes pessoas, sacudirem as toalhas cheias de areia para cima do vizinho mais próximo, exercer o seu direito de liberdade de expressão sem terem em consideração que podem não ser as expressões que quem está ao lado mais aprecia... Isto para não falar no aspecto geral que alguns apresentam francamente pungente no que diz respeito à minha sensibilidade estética. Há excepções, que as há, mas são tão poucas que servem, obviamente, para confirmar a regra.

Bom, mas como comecei por vos dizer, não vou falar de praia. E é definitivo. Por um lado porque não quero correr o risco de plágio. Mas sobretudo não quero nada que possa ser comparável ao que o André escreveu dado que o considero um virtuoso da escrita, com um sentido de humor único e, como tal, ficaria a perder correndo o risco de ficar com o ego (que eu transporto sempre comigo) completamente esfrangalhado.

Portanto, depois de muito matutar, ia tentar elevar um pouco o nível destas conversas e falar-vos de arte. No caso, de Marc Chagall (cujo nome verdadeiro era Moishe Zakharovich Shagalov e em bielorusso: Мойша Захаравіч Шагалаў) e das manias que o senhor tinha de pôr o pessoal todo a voar (teria aqui passado as noites, ou foram os ventos da Bielorrússia que o influenciaram?). Mas, francamente, já escrevi tanto que agora já não me apetece.

Vou à praia…

4 comentários:

Anónimo disse...

Duas sugestões: para não virar croquete aconselho o uso de uma talha de praia tamanho XXL (eu tenho uma! A XX rouba-ma...); combater a temperatra da agua do mar com exercícios tramatizantes de hidroginástica, já amanhã, que é dia de aulinha, sodona gata.

Donagata disse...

E as férias, môr? Inda estou no aquém!!!!

Anónimo disse...

Eu estava a sugerir a hidro aí, para aquecer ese mar, já que era dia de aula e estava longe!!! Não foi ninguém à aula... :(

Donagata disse...

O problema é mesmo entrar. Depois de estar toda dentro já custa é sair.

Sábado já lá devo estar. Jokas.