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Mais um dia que acabou
Um dia calmo, indolente
E esta pessoa que eu sou
Sufoca, arde impaciente.
É uma quietude perdida
Uma agitação crescente
Que enche a alma, dorida
Que chora de raiva ardente.
E na garganta se prende
Este nó que vai crescendo
Que me fere, que me exaure
Numa dor que não entendo.
E esta fúria que não pára
Que a quietação apagou
Esta irritação insana
Nesta pessoa que eu sou,
Tem de recuar, de fingir,
De serenar, aquietar
De disfarçar, de sorrir…
E outro dia começar.
Donagata em 2007-08-20
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