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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Bailarina


Abre o pano!

Surge luminosa no seu vestido de dançar.

Pose distinta, elegante!

Pernas suavemente flectidas,

bem visíveis, até um pouco oferecidas

e braços graciosos, que parecem flutuar.


Está feliz, pois vai dançar!

O seu rosto deslumbrante,

diáfano mas, provocante

Volta-se, tentador,

e é com discreta lascívia

que o seu olhar sedutor

incita em desafio o seu par.

Ouve-se a música!

E num impulso,

Começa a revolutear.

As pernas giram, os braços voam

Todo o seu corpo se quebra,

Se enrosca, se desdobra, se estende…

Num completo arrasar.

E , esquecidos de nós,

da cadeira em que nos sentamos,

do que ainda agora choramos,

vamos sendo convidados,

nesse seu doido voltejar

a viver o sonho, a paixão,

o que era impossível e agora não!


Donagata em 2008-06-30


Nota: quando escrevi este pequeno poema estava a pensar numa amiga que é uma grande bailarina. Obviamente o poema não lhe faz jus uma vez que o meu engenho a escrever não se compara ao dela a dançar.

7 comentários:

BlueVelvet disse...

Linda esta homenagem à tua amiga.
Como compreendo bem este poema.
...o que era impossível e agora não!
Tudo se torna possível quando vemos uma bailarina dançar em palco.
Adorei.
Beijinhos ebom fim-de-semana

Anónimo disse...

Nem sei se choro, nem sei se rio. Apenas me sinto feliz, não por mim, mas por, mesmo que por breves instantes, conseguir proporcionar a todos os que apreciam a dança em qualquer uma das suas vertentes, pequenos momentos de distracção e alienação da realidade. Que se sinta feliz por poder colocar em prática aquilo que achava impossível, é o meu maior desejo! E... nada é impossível, desde que consigamos adequar o possível às nossas possibilidades!!

Beijos muiiiiito grandes e Mt obrigada!

Donagata disse...

Obrigada pelo comentário mas, sobretudo, por esses tais momentos em que vogamos naquele mundo de fantasia e de ilusão em que tudo nos parece possível.

beijos.

Não se esqueça que não sou poeta... eu apenas extravaso emoções e, por vezes, de forma bem atabalhoada para meu gosto.

Anónimo disse...

Não é poeta?
Pois, não faz mal. Eu também não sei escrever poemas...

Agora, concordo com aquela prosa todinha, escrita com muitos parágrafos, sobre a bailarina que também conheço.

E não há impossíveis. A dança é orgásmica, mesmo quando realizamos um passo simples num salão repleto de campeões.

Donagata disse...

A dança é orgásmica! Ora aí está uma coisa bonita de se dizer, sim senhor.
Embora, Susana,a deva alertar para o facto de isto aqui ser um blogue de respeito.

Anónimo disse...

Ó minhas amigazzzzeee. Este é um blog de respeitozeee. Num habia nexexidade. Exas cumbersas de pouca bergonha... de or, org, orgas... ezez... Eu danxo ha munto tempo e nunca xenti tal efeito. Mas talvez a xenhora xujana conhexa algum passo mais Kamasutrico que despolete tais efuxibidades. Se quixer cumpartilhar, xomos rexeptivazzeeee...

Donagata disse...

É, compartilhar informação é bom, é ético e além disso, fica bem...