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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Os Nabateus


Hoje acordei com uma vontade incrível de escrever um daqueles textos muito parvos que já não escrevo há bastante tempo mesmo. Refiro-me aos mesmo muito, muito parvos porque dos outros lá vou escrevendo.

Ora como ontem comprei uma revista, a National Geographic, que vinha acompanhada de um DVD sobre Petra (que ainda não vi), achei por bem falar sobre… os NABATEUS.

Ora os Nabateus, segundo ouvi dizer, eram um povo semítico. Isto porque, tal como outros, se diz descenderem de Sem filho de Noé, o tal da Arca, lembram-se?

Mas vou começar pelo princípio que me parece ser sempre uma táctica apropriada nestas coisas.

Isaac, filho de Abraão, tinha dois filhos gémeos. Esaú e Jacob. Ora, como é do conhecimento geral, Esaú zangou-se com Jacob por uma niquice de nada, coisas de irmãos, a progenitura, que Jacob açambarcou para si.

Mesmo assim, Esaú não esteve para modas e pôs-se a andar tendo fundado uma cidade só para si a qual, mais tarde virou reino (era normal naquele tempo. Os reinos pululavam por cada canto e esquina), neste caso o dos Edonitas.
Como vêem estes desacatos entre irmãos ocorrem mesmo nas melhores famílias!!! Vejam só a linhagem desta!!!!
Às vezes não têm um resultado tão feliz, é verdade. Mas, paciência, não se pode ter tudo!
Os Edonitas eram ricos em costumes e rituais religiosos. O seu deus principal era, segundo parece, Dhu Shara que, de acordo com as más línguas, era uma cópia fiel de Yaweh (e deste não me digam que nunca ouviram falar…) adorado em Israel, reino (outro…) governado por Jacob, hã!!!! Fabulosa coincidência.

Bom, continuando.
Meus amigos, o amor faz coisas que nem a progenitura consegue! É verdade. Dizem, que eu cá não gosto de contos, que Esaú se apaixonou por uma das irmãs de Nebaiote (outro príncipe de Israel…) com quem veio a casar (que era tudo gente muito séria,e nesta época não havia cá "ajuntamentos", vá!) acabando o seu reino por se vir a fundir, ao longo dos anos (muitos, que isto da história é uma coisa que avança muito devagarinho) com o dos Nabateus.

Por volta do ano 312 a. C instalam-se no privilegiado enclave de Petra estabelecendo aí a sua capital.

Enquanto os povos (reinos) que os circundavam andavam à chapada entre si sempre à procura da hegemonia, os Nabateus, pelo sereninho, ganham o controlo do comércio entre a Arábia e a Síria.

Petra, a sua capital, torna-se assim o principal eixo do comércio de especiarias (essas mesmo que mais tarde nós também andámos por lá à procura…).

Entretanto, ricos e sem muito que fazer (há coisas piores do que o comércio), foram-se dedicando à construção tendo criado uma cidade magnífica.
De inspiração quer oriental quer greco-romana, a arquitectura dos edifícios revelava o cunho cosmopolita que caracterizava a cidade.

Olhem e foram muito espertos, porque se o não tivessem feito não tinham podido candidatar-se, dois mil e não sei quantos anos depois ao concurso das “Sete novas maravilhas do mundo” uma vez que as outras, as antigas já estavam muito usadas ou até estragadas de vez.

Pois é. Candidataram-se e foram um dos sete ganhadores.
E foi aqui, em Portugal, mais propriamente em Lisboa, no Estádio da Luz (isso é que era dispensável até porque o dragão é uma figura muito mais mítica…) que receberam o cobiçado galardão.

E mais não digo pois já estou bastante melhor depois de expurgados uns quantos estados de ansiedade na forma de disparate.

Fica a promessa: Depois de ver o DVD procederei às respectivas correcções.

9 comentários:

José Alexandre Ramos disse...

gostei da "parvoíce" ;)

Donagata disse...

Obrigada. Por vezes é necessário deixar cair o véu da excessiva seriedade e deixar fluir o menos convencional que há dentro de cada um de nós. Sabe mesmo bem.

Brain disse...

Eix....

Para o que te deu...

Devias estar mesmo Mesmo MESMO!!!!

De qualquer forma,
Gostei!

:)

Beijo Meu

Donagata disse...

Eix!

É que nem te passa como estava...

Mas criei um lindo momento cultural, não achas? E com fino recorte literário, convenhamos, vá!

pin gente disse...

quanto historiadores deviam ler a forma como escreves, donagata... como fazes a história entrar no ouvido!!!

parabéns!
petra está em dívida contigo

beijos

Donagata disse...

Obrigada pin. isto são hábitos antigos. Sabes, eu recriava a história para os meus alunos de forma a eles gostarem... Os manuais são tão maus!

... a cada instante ... disse...

Depois de ler o teu texto, apeteceu-me sair à rua e comprar a revista... e depois pensei "Para quê?! Com toda a certeza, não está tão engraçada!" :)

Abraço.

Ti Coelha disse...

Uma "parvoíce" muito bem contada. Gostei :D

Abraços!

pin gente disse...

se são!

ps - alteração do programa de festa cá por casa! :)