Preâmbulo
Sou uma cidadã absolutamente leiga em matéria de estratégias políticas e jornalísticas que se limita (como a grande maioria dos portugueses) a ser espectadora de programas de notícias, neste caso de entrevista, pensando assim poder ficar um pouco mais esclarecida acerca de assuntos que a todos devem interessar.
O comentário que passo a fazer deve, portanto, ser interpretado por um lado à luz dessa ignorância que confessei e por outro como um desabafo; um soltar dos sentimentos e emoções que me assolaram quando vi o programa.
Comentário
Ontem à noite, enquanto fazia um zapping que é daquelas coisas que se fazem sem se dar por isso, deparei-me com o rosto do Sr. Primeiro Ministro que estava a ser entrevistado na SIC estação que, devo confessar, raramente vejo. Mas, uma vez que se tratava do primeiro ministro e que, naturalmente, estaria a falar de assuntos de interesse, decidi continuar a ver o que ainda faltava da referida entrevista. À medida que esta progredia, eu ia passando de surpreendida a admirada, depois a pasmada (é verdade, pasmada é o termo certo) até acabar revoltada e, pode-se dizer até, furiosa. E porquê? Passo a explicar:
Não se pode dizer que eu seja uma acérrima defensora das políticas que este governo tem vindo a implementar sendo até muito crítica em relação a algumas das medidas aplicadas em áreas que melhor conheço. Portanto, vi aqui uma excelente oportunidade de ficar um pouco mais bem informada acerca das razões, dos porquês, de algumas medidas tomadas; razões essas, em alguns casos, para mim, pouco claras ou mesmo até bastante obscuras. Todavia, nada disso aconteceu! A forma escandalosamente hostil, desdenhosa, e despudoradamente virada para o "assunto escandaleira" com que os jornalistas (que aparentavam ser bons mas preferiram disfarçar) formulavam as questões; o teor de algumas, mesquinho e pouco interessante, levou a que as respostas embora de encontro às perguntas feitas, só viessem a esclarecer assuntos sem interesse e de grande leviandade.
Permitam-me um exemplo: Será que quando falamos de educação as perguntas mais pertinentes serão e cito, os erros dos enunciados das provas de exame!!! o facto do público que assistiu a uma apresentação feita pelo primeiro ministro ter sido alvo de casting ( sem que, ao que parece, o Governo ter tido disso conhecimento)!!!
Pois é, mas foram as duas primeiras perguntas sobre o assunto. Leva-nos ao espanto ou não leva?! É certo que seguidamente foram referidos os muito maus resultados dos exames de Matática do 12º ano. Sim senhor, isso sim é importante sobretudo quando é bandeira do Ministério da Educação o plano de intervenção nesta área e comecei eu a descontrair um pouco. Contudo, não teria ficado nada mal referir os belíssimos resultados (comparativamente com os anos anteriores) obtidos na mesma disciplina no 9º ano E, porque não explorar esta incongruência? Porque é que o referido plano deu resultano num nível de escolaridade e foi um flop no seguinte? O engraçado é que o entrevistado procurou explicar isso, mesmo não lhe tendo sido posta a questão,;a verdade, porém, é que não lhe foi dado tempo para o fazer cabalmente e, lá se foi a descontracção...
Devo referir ainda que me pareceu, em alguns pontos, estarem os Srs. jornalistas mais interessados em manifestar as suas próprias opiniões e comentários do que permitirem que o entrevistado respondesse às questões que lhe eram postas e então, aí sim, refutarem possíveis incomgruências ou inconsistências.
E a entrevista continuou nesta toada até ao fim tendo-se abordado temas como a saúde, o novo estatuto da carreira do jornalista e, espanto dos espantos, o "caso Independente".
É veiculando determinado tipo de notícias e sempre através do ângulo mais escandaloso, mais mediático que as estações ganham as audiências e que os srs. jornalistas aumentam os seus ordenados!
Bom, com este tipo de jornalismo dá para entender porque é que as pessoas se encontram tão pouco informadas ou melhor, tão incorrectamente informadas acerca do que se vai passando no nosso país e que é aquele em que vivemos, melhor ou pior conforme nele interviermos. É claro que não podemos intervir no que desconecemos.
Sou uma cidadã absolutamente leiga em matéria de estratégias políticas e jornalísticas que se limita (como a grande maioria dos portugueses) a ser espectadora de programas de notícias, neste caso de entrevista, pensando assim poder ficar um pouco mais esclarecida acerca de assuntos que a todos devem interessar.
O comentário que passo a fazer deve, portanto, ser interpretado por um lado à luz dessa ignorância que confessei e por outro como um desabafo; um soltar dos sentimentos e emoções que me assolaram quando vi o programa.
Comentário
Ontem à noite, enquanto fazia um zapping que é daquelas coisas que se fazem sem se dar por isso, deparei-me com o rosto do Sr. Primeiro Ministro que estava a ser entrevistado na SIC estação que, devo confessar, raramente vejo. Mas, uma vez que se tratava do primeiro ministro e que, naturalmente, estaria a falar de assuntos de interesse, decidi continuar a ver o que ainda faltava da referida entrevista. À medida que esta progredia, eu ia passando de surpreendida a admirada, depois a pasmada (é verdade, pasmada é o termo certo) até acabar revoltada e, pode-se dizer até, furiosa. E porquê? Passo a explicar:
Não se pode dizer que eu seja uma acérrima defensora das políticas que este governo tem vindo a implementar sendo até muito crítica em relação a algumas das medidas aplicadas em áreas que melhor conheço. Portanto, vi aqui uma excelente oportunidade de ficar um pouco mais bem informada acerca das razões, dos porquês, de algumas medidas tomadas; razões essas, em alguns casos, para mim, pouco claras ou mesmo até bastante obscuras. Todavia, nada disso aconteceu! A forma escandalosamente hostil, desdenhosa, e despudoradamente virada para o "assunto escandaleira" com que os jornalistas (que aparentavam ser bons mas preferiram disfarçar) formulavam as questões; o teor de algumas, mesquinho e pouco interessante, levou a que as respostas embora de encontro às perguntas feitas, só viessem a esclarecer assuntos sem interesse e de grande leviandade.
Permitam-me um exemplo: Será que quando falamos de educação as perguntas mais pertinentes serão e cito, os erros dos enunciados das provas de exame!!! o facto do público que assistiu a uma apresentação feita pelo primeiro ministro ter sido alvo de casting ( sem que, ao que parece, o Governo ter tido disso conhecimento)!!!
Pois é, mas foram as duas primeiras perguntas sobre o assunto. Leva-nos ao espanto ou não leva?! É certo que seguidamente foram referidos os muito maus resultados dos exames de Matática do 12º ano. Sim senhor, isso sim é importante sobretudo quando é bandeira do Ministério da Educação o plano de intervenção nesta área e comecei eu a descontrair um pouco. Contudo, não teria ficado nada mal referir os belíssimos resultados (comparativamente com os anos anteriores) obtidos na mesma disciplina no 9º ano E, porque não explorar esta incongruência? Porque é que o referido plano deu resultano num nível de escolaridade e foi um flop no seguinte? O engraçado é que o entrevistado procurou explicar isso, mesmo não lhe tendo sido posta a questão,;a verdade, porém, é que não lhe foi dado tempo para o fazer cabalmente e, lá se foi a descontracção...
Devo referir ainda que me pareceu, em alguns pontos, estarem os Srs. jornalistas mais interessados em manifestar as suas próprias opiniões e comentários do que permitirem que o entrevistado respondesse às questões que lhe eram postas e então, aí sim, refutarem possíveis incomgruências ou inconsistências.
E a entrevista continuou nesta toada até ao fim tendo-se abordado temas como a saúde, o novo estatuto da carreira do jornalista e, espanto dos espantos, o "caso Independente".
É veiculando determinado tipo de notícias e sempre através do ângulo mais escandaloso, mais mediático que as estações ganham as audiências e que os srs. jornalistas aumentam os seus ordenados!
Bom, com este tipo de jornalismo dá para entender porque é que as pessoas se encontram tão pouco informadas ou melhor, tão incorrectamente informadas acerca do que se vai passando no nosso país e que é aquele em que vivemos, melhor ou pior conforme nele interviermos. É claro que não podemos intervir no que desconecemos.
1 comentário:
Apoiado, Dona Gata! Também eu sinto a mesma revolta!
Enviar um comentário