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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Dançar

(Imagem: Tango Dance)

Hoje não vou à minha aula de tango. Tenho outros compromissos também interessantes.

Porém, para me redimir, escrevi sobre dança o que, para mim, é quase tão bom como dançar...


Dançar é expressar com o corpo,

palavras que a alma abriga e quer soltar.

É escrever com os pés, com as mãos,

com todos os movimentos, é desenhar.


Dançar é voar bem alto, é subir,

além do sonho, da ilusão da fantasia

É arrebatar a música que se faz ouvir.

É esquecer o real e viver a utopia.


E é oscilar, saltar, deslizar, rodopiar,

é ser lascivo, mesmo sem o pretender,

é perder-se num contínuo dialogar,

é o balançar entre o cansaço e o prazer.


Dançar é um deixar-se possuir,

É esquecer o pudor e a decência,

é ser forte, ter o arrojo de sorrir,

é matar com a alegria a dolência.

4 comentários:

Anónimo disse...

E que aula difícil foi hoje... Muito corpo, muitos sentidos, uma baralhação sensorial!
Sentimos a vossa falta!

Donagata disse...

Eu também me senti num aperto razoável. Dizer poesia alemã não é fácil...

Tais Luso de Carvalho disse...

Que dança, que música!!! Tenho postado alguns tangos de Gardel. É algo extremamente viril e apaixonante. A história do tango é linda, já deves ter lido. Mas não sabia desta tua qualidade de tangueira!
E que belo poema...
Beijos, amiga!
Tais

Donagata disse...

Obrigada. Tangueira, tento ser. Apreciadora de um tango bem puxado sou mesmo.
Beijos.