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sábado, 12 de janeiro de 2013

Um vento demasiado gelado



Hoje um vento gelado passou à minha porta e não parou.
Entrou por outra bem igual, bem perto da minha.
Aí, colheu cerce as cores, os cheiros, os sons
os sonhos, os silêncios, as dores, as esperanças de toda uma vida
num último sopro de alguém que não eu.
Hoje, penso,
poderiam ter sido todas as flores que eu vi florir
em todas as Primaveras que já vivi
a serem-me sugadas cobiçosamente por esse mesmo vento…

Se se tivesse enganado na porta.  

1 comentário:

Mar Arável disse...

Nem tudo se conquista

mas vale apena tentar