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sábado, 7 de agosto de 2010

A textura da tristeza


Talvez se fosse à praia,
talvez se ficasse a olhar a vastidão do mar,
talvez se admirasse as estrelas
reflectidas nas águas calmas
(porque assim as fantasio hoje),
conseguisse tornar menos espessa
a textura da tristeza que hoje me assola
e respirar.
Talvez que, se experimentasse dançar na areia,
embeber os pés na sua tristeza,
conseguisse encontrar a ponta dessa teia,
puxar devagarinho, puxar,
e torná-la bem fina,
com a consistência do sentir
de quem está a sonhar…

3 comentários:

Fashion Dream disse...

texto lindo amor !

Alda M. Maia disse...

Já pensou também organizar uma colectânea das suas poesias e publicá-la? Poema lindo.
Invejo-a, pois nunca fui capaz de alinhavar dois pensamentos em rima ou mesmo em versos soltos .

Permite-me um conselho? Vá mesmo à praia – há-as muito bonitas nas nossas redondezas – agarre com ambas as mãos essa melancolia e atire-a bem para o largo ou afunde-as.
Um beijinho
Alda

Mar Arável disse...

Talvez

senhora