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quarta-feira, 2 de março de 2016

Florir





É em dias como o de hoje
que o tempo se arredonda muito
e me sopra memórias.
O passado
caminha brando à minha frente.
Desarruma lembranças
e pinta-as de palavras leves e frescas.
Daquelas que enfeitiçam o poema
e aperfeiçoam as esquinas.

Dilui-se a lonjura dos sonhos
que se fazem realidade
com consistência de flor.

E sinto-te outra vez em mim.

E és novamente
a flor pequenina que seguro nos braços.

Estou incrédula, assustada e feliz.
E, tal como antes, cabes toda inteira em mim.

Menina e mulher.

Tu.

A flor mais doce que algum dia beijei.

Parabéns.

2 comentários:

Mar Arável disse...

Uma ternura

Donagata disse...

Obrigada Mar Arável pelo carinho.