Mais uma vez resolvi continuar uma corrente iniciada pela Sofia, que muito me apraz. Uma corrente de poesia que deverá corresponder a um tema.
Não creio que tenhamos que manter o mesmo tema que outros já escolheram. Mas, por mero acaso, decidi escolher o mesmo que a Sofia escolheu:
O Tempo
Confesso que este não o procurei nas pilhas de livros que tenho encostadinhos às paredes, por vezes em equilíbrios periclitantes, à espera: uns de serem lidos, outro, catalogados e arrumados (se ainda tiver aonde).
Este, junto com mais uns quantos, está religiosamente guardado sempre no mesmo local, onde, muitas vezes, vou beber das suas palavras.
Não creio que tenhamos que manter o mesmo tema que outros já escolheram. Mas, por mero acaso, decidi escolher o mesmo que a Sofia escolheu:
O Tempo
Confesso que este não o procurei nas pilhas de livros que tenho encostadinhos às paredes, por vezes em equilíbrios periclitantes, à espera: uns de serem lidos, outro, catalogados e arrumados (se ainda tiver aonde).
Este, junto com mais uns quantos, está religiosamente guardado sempre no mesmo local, onde, muitas vezes, vou beber das suas palavras.
Amanhã
vou rasgar
a carta que te escrevi,
vou embrulhar
o livro que te comprei,
vou mostrar
o quanto te amei,
com as mãos, com os olhos,
com todo este desespero.
Amanhã
vou despir a roupa
que me deste,
vou fazer a cama
em que me amaste,
vou gastar o perfume
que usaste,
vou sentar-me
na cadeira que escolheste,
e vou deixar
a tua ausência instalar-se
com todo este desespero
de perder-te,
sem nunca te ter encontrado.
Página 26 do livro “A luz que se esconde” de Maria Sofia Magalhães
Edição Livraria Republicana
Passo o desafio, já agora à Minha Nuvem, ao Jogo de Palavras, aos Pensamentos Vagabundos,
à Wallarte, ao Porto das Crónicas, à Miluzinha, à Blue Velvet
à Wallarte, ao Porto das Crónicas, à Miluzinha, à Blue Velvet
7 comentários:
Obrigada.
Não tens porque agradecer.
beijos.
Querida amiga já dei continuidade à inspiradora corrente!
Um beijinho! :D
Olá donagata - obrigada por ter me escolhido, agora mãos a obra!
Adorei a poesia onde fala do tempo,
de tdo que foi, e que hoje não mais é, ou da ilusão criada por um momento, onde acreditamos em algo que nunca existiu.
Beijoca.
Wal.
Tão lindo este poema... Belíssima escolha.
A ver se consigo responder a estes desafios todos!
Beijinhos
Tão difíceis para si!
Oi, Donagata, estou um pouco lerda a procura de um poema que fale sobre o tempo. Agora achei! Será minha próxima postagem.
Um grande beijo, avisarei assim que postá-la.
Que belo comentário em meu blog...viajaremos juntas!rsrssr
Tais
Enviar um comentário