Sinto-me presa, agarrada,
por um fio delicado,
que não me deixa voar.
Sinto que quero soltar-me.
Não sei de quem nem de quê…
Pretendo apenas sonhar.
Mas esse fio delgado,
quase invisível, disfarçado,
não desiste de me laçar.
É indestrutível, pertinaz,
tem uma força brutal.
E dessa forma me segura,
de modo tão eficaz,
que não é sonho, é amargura,
o sentir que eu sou capaz.
Donagata em 2009-03-27
14 comentários:
Em 1° lugar obrigada pelo comentário em meu blog,e que bom vc tb gosta de peças antigas,e desse´ofício de restaurar, pois acho encantador...
Agora nessa nova postagem entrarei com a restauração de quadros.
Sobre sua poesia, adorei, pois já disse e torno a dizer, que gosto mto do seu jeito de escrever, de se expressar, onde suas palavras traduzem o que vc sente, outro, ou então fantasia sua, de uma forma que sentimos cada palavra, cada sentimento, cada reação...é como se vc descrevesse um personagem, e fossemos vivendo sua vida, passo à passo...entende?
Quando vc falou: sinto-me presa, me fêz lembrar de um filme que assisti há mto, e que o personagem principal se prendeu no quarto, e gritava pedindo pra que tirassem ele de lá...e alguém fora do quarto
disse: Abra a porta, pois foi vc mesmo que a trancou
Essa poesia me passou a mesma coisa. Mtas vezes, nos prendemos, em teias, que nem nos damos conta,que fomos nós mesmos que nos enrolamos nesses fios, onde nossas asas tão coladas em nosso corpo, esqueceram como é voar!
Quer-me parecer, Donagata, que a sua resistência é bem maior que a do débil fio....
:)
bjs
Wall, somos sempre nós que nos prendemos. Ou então , que nos deixamos prender...
Arménia. Também julgo que sim. mas quando tentamos "brincar" aos poetas, temos de efabular...
Olá, paz !
Conheço-te pelo blog Wallarte, pelo desafio que lançastes com temática "Tempo" que ainda não sobreveio em minha caixola a escolha de um e também, por certos escritos que estão em consrução ou reconstrução , mas... daqui a pouco o clic virá.
Bem, o pouso aqui está sendo divino. Seu escrito é fantástico e leva-me a refletir sobre o ser "fio delicado".
Deixo-lhe um escrito;
"... atravessava um campo repleto de lírios; o vento soprova gentilmente e as pétalas sedosas faziam cócegas da ponta de seus dedos à medida que ela avançava através dos longos emaranhados de vegetação verde brilhante...
Seu corpo estava tão leve que parecia flutuar...
O doce perfume dos lírios preenchia-lhe as narinas. Sentia-se tão... feliz, tão livre."
Trecho Livro - Ps, Eu te amo
Voejarei por aqui mais vezes.
Abraços !
Gostei que tivesse viajado por estas águas tão distantes e que, ainda por cima, tivesse tirado daí prazer. Agradeço o comentário muito simpático, elogioso até, que me deixou e gostei também muito do excerto do livro que aqui transcreveu. palavras lindas!
Volte sempre. Para mim será um prazer.Eu, seguramente, irei cuscar o seu espaço.
Beijos.
São sempre os fios mais delicados, transparentes, mesmo invisíveis, que nos mantém presos. Mais provavelmente a nós mesmos.
Pois, Sofia. É isso mesmo. E por isso serem tão difíceis de desatar.
Beijos.
Ola minha Querida AMIGA DonaGata ...
É mesmo com muita Felicidade que passo por aqui e lhe deixo um Beijo muito Sentido ... :) ...
Anibal Borges .
Então jÁ tem net! Obrigada pelo beijinho e espero que tudo corra bem consigo.
beijos.
Há coisas curiosas: tenho há muito tempo esta imagem guardada para a usar num post.
Olhava para ela e sentia que me dizia muito, mas não conseguia pôr-lhe as palavras.
Puseste tu e de uma forma magnífica.
O que me tem segurado nos últimos tempos também é o sentir que sou capaz.
Beijinhos
Obrigada pelas TUAS palavras, Blue Velvet.
Realmente há coincidências engraçadas.
Um beijo.
Belo poema, onde me revejo bastante!
Já agora, obrigadapela visita tão simpática à minha "pausa"...
Não tem porque agradecer. O ganho foi inteiramente meu. Já cá está na minha lista.
Beijos.
Ola Sra Donagata !
Como eu entendo esse fio delicado que me prende e me sufoca !!!
Como eu o entendo :( !...
Beijo , Anibal Borges .
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