(Imagem da autoria de Miguel Ministro. Pormenor da capa do livro "Retalhos Serenos" de Carla Madureira)
Pesa-me a pena de me sentir pequena.
Ínfima no saber, no querer, na determinação.
Pesa-me a pena de me sentir escorregar
dia a dia, hora a hora, num curso imparável,
que não travo, a que não sei dizer não.
Onde andas tu, vontade? E tu ousadia?
E a confiança que tão precisa era agora?
E algo que me atropele esta agonia
de sentir que, de mim, apenas encontro uma sugestão?
Pesa-me a pena das penas que hora a hora, dia a dia,
me abalam no meu querer, me quebram a ousadia,
me atrapalham a emoção.
Pesa-me a pena…
2 comentários:
Todas as almas, por mais leves, carregam o seu próprio peso... mais o do mundo inteiro.
É verdade. Mas não é mais fácil para as nuvens que têm esse dom da quase imponderabilidade?
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