Arrumo cuidadosamente na gaveta
aquela echarpe de seda,
lembras-te?
aquela em sons de azul e rosa e roxo
que me trouxeste não me lembro bem de onde,
lamento…
mas de longe, de muito longe.
Com ela acomodo mansamente dias muito antigos,
esperanças sopradas, lençóis desarranjados,
pregas de acanhamento, parêntesis de saudade,
suspiros que repuxam a alma
e a silhueta de todas as coisas.
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