segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Sob o salgueiro
Sob o salgueiro de ramos despidos
pingando em desalentos sobre as lajes,
estende-se uma velha corda.
Tão triste…
E a roupa que dela pende,
tão triste…
tão lavada de esperança,
tão à mercê do vento e da sorte.
Nem o brilho da ardósia molhada pelas lágrimas do tempo,
nem a erva vadia, sem raça, que se intromete
numa promessa de verdes pálidos,
nem o cinza azulado das águas do rio
que correm para a foz numa urgência de vida,
lhes aliviam a desesperança.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário