sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Delírio
Estou em delírio!
Agito os braços quietos num frenesi
-metafórico-
e sacudo as pernas suspensas na cadeira
enquanto esfrego os apensos pés um no outro
- não tão metaforicamente - confesso.
Que inquietude!
Caí sem pára-quedas numa sala familiar que mal reconheço,
semeada de gente que não quero conhecer
mas que insiste em derramar, sem qualquer temperança,
cargas de sabedoria que não procuro,
embrulhadas em discursos palavrosos que não entendo.
Esses, os eruditos,
soçobram sob o peso de livros, cadernos, folhas amarrotadas e sujas
que alardeiam a cultura maior, a sapiência no seu expoente máximo.
E eu, DISTANTE. distante. distante.
Fujo, em delírio.
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