Olho daqui as flores que tentam, envergonhadas,
sacudir a chuva e resplandecer no jardim.
Mas a Primavera quer mantê-las molhadas
Exige-as submissas, só para ela, assim…
Ouço as aves que cantam alegres,
em trinados frescos e cheios de graça,
ao primeiro raio de sol que no céu lobrigam.
Mas a Primavera, ainda preguiçosa,
inventa chuvas fortes que os pobres fustigam…
Consigo espreitar a verdura fresca dos campos
que brilha forte na limpidez do ar.
Mas a Primavera, essa, teima em não chegar…
Espreito o céu e pressinto, por entre nuvens,
o brilho cintilante do azul do céu.
Mas logo a Primavera corre
e o tapa, invejosa, com um véu…
8 comentários:
Que bonito... Ainda que nos falte a Primavera, há sempre flores a nascer aqui.
Beijinhos
No México pude conhecer de perto os grandes murais deste génio da pintura.
Bonita eleição.
Reconhecido
Gosto muito da pintura de Diego Rivera embora nunca tenha tido a oportunidade de a ver ao vivo, infelizmente.
Cumprimentos
Falta a Primavera... mas não faltou inspiração para o lindo poema...Nem para a escolha das "flores" (umas das minhas preferidas!:))
bjinhos
muito bonito... consegui ouvi-lo dito por ti!
um beijo
luísa
Obrigada. Também não ficaria pior se fosses tu a dizê-lo. É que os santos da porta não fazem milagres...
Beijos
Está mesmo a chegar... Mas contigo há mais primavera.
A pintura é dele, mas apalavras são tuas.
Lindo.
Beijinhos
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