É normal, nesta quadra, todos nós recebermos alguns presentes. Obviamente, cá em casa não fugimos à regra. Chegada a meia-noite deu-se início ao frenético desembrulhar dos respectivos presentes, aliás como já referi noutro post, e cada um ficou, mais ou menos satisfeito com o que lhe coube em sorte.
O mesmo se passou comigo. Gostei, genericamente, de todos os presentes. Uns, porque eram realmente bonitos e correspondiam, ou ultrapassavam mesmo. as minhas expectativas; outros, embora mais modestos no seu valor material, tiveram a grandeza do seu significado; outros, ainda por serem absolutamente inesperados. Atrever-me-ia a considerá-los até absolutamente improváveis, tendo provocado em mim uma estranha emoção. Nada fiz de especial para os merecer. Contudo ainda há pessoas que consideram que o importante é o grau de felicidade que proporcionamos a outrem…
Não vou, naturalmente, fazer nenh
uma listagem dos presentes recebidos. Quero, porém, destacar três mimos muito especiais que recebi que provam que essas pessoas me conhecem e sabem como aprecio as coisas simples mas com significado:
Este foi um postal de Boas-Festas, personalizado, feito por quem sabe que eu a adoro bem como à sua poesia. Encantou-me.
Este pequeno poema acompanhava um presente que muito me emocionou. Hoje, não sei com qual dos dois fiquei mais abalada.Foi feito para mim!...
É Natal lá fora,
Vêmo-lo pela janela,
É Natal nas luzes,
Na neve que cobre o chão,
É Natal na árvore mais bela…
É Natal em tudo o que queremos
É Natal só porque o vemos
Com os olhos do coração.
Ruth Ministro
E, finalmente, um dos poemas belíssimos que me enviou a minha amiga Dina da minha livraria preferida, a Poetria.
Componho o Presépio, um mundo em obras:
a tela de estrelas, um lago de prata,
o prado é de musgo. Ao centro dois pobres.
Estão longe de casa. Nasceu-lhes um filho
entre as palhas da lapa. Não sabem ainda,
talvez o não saibam, mas a mãe lhe dará,
descido da cruz, o último colo
de Deus feito Homem, herege de Si.
Só o velam aqui dispersos pastores
e reis descuidados de reino e redil.
Vieram e viram. Nem pórtico gótico,
nem talha de ouro, nem sinal de força
de orgulho ou de glória.
E não se espantaram com a casa de Deus.
E nela deixaram o leite e a mirra.
E não duvidaram de Deus ser assim.
Que o Natal seja frágil. E o ano feliz.
Luísa Malato
11 comentários:
Ola Sra Donagata :)
" Contudo ainda há pessoas que consideram que o importante é o grau de Felicidade que proporcionamos a outrem ..."
FANTÁSTICO !!!
Beijo , Anibal Borges .
Fico feliz por ter gostado tanto... Eu também acho que são as coisas mais simples, as mais "transparentes", que nos tocam a alma. É bom saber que consegui tocar a sua :)
Mil beijinhos
E de que maneira! É sempre bom saber que algo é feito porque alguém está a pensar em nós. É muito bom!
Aníbal, é verdade, ainda há dessas pessoas. São as que realmente se preocupam connosco; são os nossos AMIGOS!
Donagata, és mesmo especial.
desculpe
não a conheço pessoalmente
mas gosto de si
Bom ano
Mar Arável, eu também não, mas olhe que o sentimento é recíproco.
Um bom ano também para si.
Gostei dos poemas mas muito mais do desenho no postal do Natal. Abençoado aquele que não se considera merecedor das suas graças, pois dos humildes será o Reino dos Céus.
Terá sido uma quadra repleta de carinho e como não poderia faltar ali estava uma prenda com um gato :)
Beijo
Imagino que todos os teus presentes tenham sido óptimos.
Pela amostra que deixas...
Gostei de três e particularmente do da Ruth, claro:)
Beijinhos
Foram , de facto, todos bons. de uma forma ou de outra, vieram tocar aqui uma cordinha e fazê-la vibrar...
Pelo exposto....
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