NATAL À BEIRA-RIO
É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?
David Mourão Ferreira
5 comentários:
Ola minha Tao Querida Sra Donagata :)
É Verdade , estamos no Natal :) ...
Estamos na altura em q os Povos se deviam Amar !...
Sabe ...
Este Ano Deus ouviu-me :) , deu-me a Maior Prenda q Algum dia Pedi , Deu-me o meu AMOR LINDO e Terno !!!
Eu Desejo a Todos um Santo e Feliz Natal !!!
Beijo , Anibal Borges .
que forma estruturada e estruturante de comentar....este Anibal é um colosso intelectual!!ou melhor tem dias!a forma como "come" as letras é fantástica.A utilização das maiusculas é incrivel!!!Era sintoma de gaguez,isso antes de inventarem a forma de medir a absorção das cordas vocais,mas pronto fico-me por aqui!!!
Um excelente blog,sem duvida!!!
Gostei muito da alusão ao Manoel de Oliveira .Um colosso do cinema e de longevidade!Com um espirito "vivo" e alerta..
parabéns
Prezado "segundo" Anónimo uma vez que o primeiro o não é.
Em primeiro lugar, não posso deixar de agradecer o elogio, atrever-me-ei a dizer, rasgado que faz ao meu blog. Também fiquei satisfeita pela apreciação que fez ao post relativo ao Manoel de Oliveira; demonstra ser uma pessoa informada na área das artes, porque o homem é um colosso, goste-se ou não da sua obra. Eu confesso que não sou grande apreciadora, mas tenho que admirar a importância que ele tem na difusão do cinema português fora do nosso país.
Agora, passo a pedir-lhe encarecidamente para não utilizar este meu espaço,que gostaria de manter aberto, para tecer comentários menos agradáveis e, do meu ponto de vista, incompreensíveis e desnecessários a outros comentadores que por aqui passam (uma vez que não interferem com ninguém). Por favor respeite o espaço que é meu e não faça dele um local de troca de mimos em relação aos quais eu não tenho nada a ver.
Estou certa que vai entender e respeitar.
Obrigada.
Que se cale o vento velho e sopre a maresia... é Natal.
Inteiramente de acordo, António.
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