Surpreendeu-me muito este último livro de José Saramago. Tendo sido escrito num momento tão difícil da vida do autor no que diz respeito à sua saúde, não contava deparar-me com uma prosa tão bem-humorada quanto esta.
Baseado num facto histórico o qual consistiu na oferta feita por D. João III e sua esposa D. Catarina da Áustria, ao arquiduque Maximiliano II, genro do Imperador Carlos V. de um elefante que, vindo da Índia, se encontrava em Lisboa, Saramago desenvolve uma prosa leve e divertida.
Descreve a hipotética viagem do elefante que atravessa meia Europa até chegar a Viena de Áustria. Fá-lo de uma forma muito interessante aproveitando o ensejo para, episodicamente, ironizar acerca dos costumes da nobreza e do clero enquanto classes, mas também das próprias pessoas enquanto indivíduos; das suas ambições, das atitudes mesquinhas, das superstições…
Enfim, mais uma vez Saramago no seu melhor.
A escrita é simples, sem recurso a expedientes de pontuação nem sempre bem compreendidos, mas de grande qualidade estrutural e narrativa. De diferente, apenas a quase total supressão de maiúsculas que apenas utiliza no início das frases.
Recomendo.
Baseado num facto histórico o qual consistiu na oferta feita por D. João III e sua esposa D. Catarina da Áustria, ao arquiduque Maximiliano II, genro do Imperador Carlos V. de um elefante que, vindo da Índia, se encontrava em Lisboa, Saramago desenvolve uma prosa leve e divertida.
Descreve a hipotética viagem do elefante que atravessa meia Europa até chegar a Viena de Áustria. Fá-lo de uma forma muito interessante aproveitando o ensejo para, episodicamente, ironizar acerca dos costumes da nobreza e do clero enquanto classes, mas também das próprias pessoas enquanto indivíduos; das suas ambições, das atitudes mesquinhas, das superstições…
Enfim, mais uma vez Saramago no seu melhor.
A escrita é simples, sem recurso a expedientes de pontuação nem sempre bem compreendidos, mas de grande qualidade estrutural e narrativa. De diferente, apenas a quase total supressão de maiúsculas que apenas utiliza no início das frases.
Recomendo.
2 comentários:
Aprecio mais a pessoa e o cidadão
impoluto que o escritor
mas este seu livro
é do seu melhor
também recomendo
Eu, por acaso aprecio-o em ambos os aspectos. Gosto mais de uns livros de que de outros, não sou sua admiradora incondicional (como não sou de coisa nenhuma)mas tenho também muito apreço pela sua obra. Como pessoa e como cidadão nem tenho comentários à sua altura.
Enviar um comentário