Caption: Pictured below is the trackway of one of the earliest animals, a multilegged creature that walked over the bed of an ancient sea once covering Nevada. The animal left behind a pair of parallel impressions -- small, round dots in the silt that later became rock.
Credit: Photos by Kevin Fitzsimons, Ohio State University.
Há já uns dias largos que li um artigo, na France Press, que me chamou à atenção e me espevitou a curiosidade. Realmente tudo o que nós sabemos como certo, em termos de ciência, pode ser posto em causa num breve instante.
Cientistas norte-americanos encontraram, sobre uma camada de origem sedimentar no Nevada, pegadas fossilizadas de patas de um pequeno animal, com aí uns 570 milhões de anos!!!!
Ou seja havia já animais aquáticos, providos de patas, que caminhavam pelo nosso planeta 30 milhões de anos antes daquilo que se estimava. Julgava-se que, no período Pré-Câmbrico (que se inicia por volta dos -542 milhões de anos), a vida animal se resumiria apenas a micróbios e simples animais multicelulares.
Embora já se houvesse aventado a hipótese da existência de organismos mais complexos no período Ediacariano (o que antecede o Câmbrico) tais como corais moles, alguns artrópodes e alguns tipos de vermes chatos, nunca tinha sido possível confirmar tal suposição pois, pelos vestígios encontrados, terá sido o período Câmbrico aquele que marcou a aparição e a evolução da maioria dos grupos de animais.
Contudo, estas pequenas pegadas que se vêem como duas filas paralelas de pequenas marcas de uns dois milímetros de diâmetro, deixam-nos a pensar…
Esta descoberta faz parte de um estudo apresentado no dia 5 de Outubro, numa conferência organizada pela Geological Society of America em Houston, Texas, pelo seu principal autor, Loren Babcock, professor de biologia na Universidade de Ohio. Segundo o próprio poder-se-ia tratar de uma centopeia ou de um verme com patas, cujo corpo deveria medir de largura cerca de 1 cm.
Caption: Researcher Loren Babcock, professor of earth sciences at Ohio State University.
Credit: Photos by Kevin Fitzsimons, Ohio State University.
As investigações irão continuar e o cientista comunicou que haveria alguma possibilidade de descobertas semelhantes noutros locais tais como: o Mar Branco, na Rússia, o sul da Austrália e a Namíbia por possuírem condições favoráveis.
Prevê que a notícia possa ser recebida com algum cepticismo mas também que venha a provocar novas buscas mesmo em locais já estudados. Segundo Babcock “poderá ser apenas uma questão de olharem de outra forma o já encontrado”.
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