Não é tristeza o que sinto!
Sofrimento, também não.
Não é raiva, nem desgosto!
Talvez uma inquietação.
É um correr… e um cansaço,
um desassossego… e uma inércia,
que não procuro, não entendo,
que colidem sem razão.
Então acontece o alento,
num doce sopro, a vontade.
E planeio coisas belas
que espalho, ferozmente…
Procuro então a amizade:
quanto prazer, que deleite!
Mas eis que rapidamente,
presa a esta condição,
nesta frágil duplicidade,
busco sôfrega a solidão.
E me enrolo na indolência,
na desvontade, no remanso,
no meu casulo fervente,
no meu eu de insanidade,
nesta jaula de impaciência!
8 comentários:
Casulo fervente - excelente.
Belo. Somos naturalmente... descontentes.
beijos
O problema é que por vezes nem sabemos bem porquê...
olá amiga.
obrigado por seu comentário tão arinhoso em mu cantinho, volte sempre.
Amiga o silêncio é o melhor recurso que temos , para viver uma vida.
Fique um pouco em silêncio e deixe o clamor de sua alma gritar ao firmamento.
beijos amiga.
fique nessa doce paz.
Sua nova amiga.
Regina Coeli.
Olá. Sou nova por cá, mas não fiquei indiferente à beleza deste poema. Uma perfeita descrição do sofrimento humano, algo tão intrínseco à nossa existência...
Olha, não é que sinto isto muitas vezes?
Não sei é pôr em palavras como tu:(
Lindo demais. Gostei muito.
Beijinhos e veludinhos azuis
Obrigada a todos pelas palavras de alento.
Beijos.
Ola Sra Donagata :) ...
ADOREI !!!
Bjo , A.B.
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