Abomino quando me perco em devaneios
deixando fantasias, descuidadas, vagabundas,
percorrerem céleres as ideias mais profundas,
acalentando sonhos de arrebatamentos e anseios.
nesse vaguear impudente, que não domino.
Sinto que quero o que nem sequer congemino,
tentando amordaçar os pensamentos bisonhos.
Pressinto-as, perturbadas, a esperar,
confiantes que, desse sonho, ao acordar,
descubra paixões reais e não ilusões decadentes.
6 comentários:
Eu chamo-lhe o meu mundo imaginado. Ás vezes é assim, mas na generalidade gosto de o deixar entrar.
E estou a ficar com saudades...
Beijinho ronronado!
Depende dos locais para onde a imaginação nos leva...
Beijos
É isso mesmo! Contacto estabelecido!
Mal de mim se dez em quando não entrasse em devaneios...
Mas o poema é lindo.
Beijinhos Donagata
O mundo da ilusão, da fantasia, do sonho, faz-nos bem... De vez em quando é preciso fazer uma fuga à realidade e repousar um pouco os olhos, deixando que sejam a alma e o coração a guiar os nossos passos.
Beijinhos
Bluevelvet e nuvem. Têm ambas razão. Os devaneios são imprescindíveis para a nossa própria sanidade mental. Contudo, por vezes, dói-me muito o "acordar". Custa-me largar a fantasia, o sonho e cair na realidade que nem sempre (quase nunca) corresponde aos nossos devaneios menos ambiciosos...
É uma felicidade ilusória e fugaz.
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