Sou o
silêncio de que são feitos os sonhos.
Sou grito
rouco de palavras de calar
e guardo em
mim todos os segredos da areia.
Não preciso
mais de certezas,
nem de
fingir percursos,
e tampouco
embarco em derivas inúteis
que mais
não são que
patéticas geometrias
do absurdo.
Não sofro
já de futuros incertos
e guardo a
saudade aqui mesmo,
no cós do imaginário
sem limites.
Vogo na
franja da onda
e adormeço
no regaço da minha própria intimidade.
Agora sou água
do mar.
2016-05-11
Nota: poema
construído sobre uma aguarela de Manuela Silva
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