Conta
comigo amanhã.
Não hoje.
Não saberia
o que te dizer
como te
olhar
ou como
encostar de mansinho
a cabeça no
teu ombro.
Não saberia
sussurrar-te
os lagos de
sonhos que
trago
presos nas lágrimas
nem
contar-te dos
infindáveis
segredos de areia que
se prendem
à
incoerência
ignorante dos tais sonhos.
Espera por
mim amanhã.
Vem sentar-te
comigo.
Traz-me um
café e vamos juntos
tentar alisar
estas dobras sujas
que me sobram
do dia.
Abraça-me
de todas as cores.
Talvez se
desamarrem estes nós.
Talvez eu
chore uma gota de delírio.
Uma gota
apenas.
Talvez.
Amanhã.
2016-04-18
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