Em dias assim
em que não sei o que te dizer,
estendo as mãos.
E no vento que delas se desprende
procuro palavras em estado translúcido.
Mergulho em rios que não são rios
e busco intensamente metáforas
que também não são metáforas…
procuro nas raízes das pedras uma silhueta,
uma penumbra,
o brilho de uma cor com que esboce a palavra
que não será palavra…
De olhos fechados mudo a direcção do silêncio.
Procuro ouvir para lá das vozes
que acordam o fundo das páginas.
Agito as mãos.
Acordo o gato
e envelheço com as horas.
6 comentários:
Muito bonito, este poema.
Um beijinho :)
Obrigada Ruth. Ainda bem que gosta. Beijinho.
GREAT!!!!
Thank's Brain. A Kiss.
Belíssimo...
Após várias leituras, fecho os
olhos e deixo este poema
ecoando em mim...
Magistral! Bjo.
Muito obrigada Suzete Brainer. Fico feliz por ter gostado.
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