Nem imaginas como hoje
gostaria de escrever um poema.
Mas está a chover e
as pedras estão molhadas e tristes.
Desbotadas pelas levadas de pés anónimos
que as percorrem apressados.
Está a chover, sabes?
E assim, o poema não quer sair.
Faltam-lhe os melros, as rolas, as libelinhas
e as poucas flores choram grossas gotas de hálito azul.
Há gaivotas.
Estão em terra todas juntinhas e arrumadas para o mesmo lado.
Mas gaivotas não são a mesma coisa…
Nem imaginas como hoje gostaria de escrever um poema…
2 comentários:
Belo poema
Bj
53
Obrigada Mar Arável
Enviar um comentário