Ainda no limiar do sono,
naquela ténue linha que nos separa da espertina,
estendo a mão para ti, Zorba…
Quero acordar com o conforto do teu toque,
desse olhar verde e meigo que me lanças daí,
desse cantinho onde te arrumas para estares junto a mim.
Vou acordando e, de facto,
encontro a macieza tépida de um pêlo.
Sou subjugada pelo verde de um olhar.
Sou cativada pelo carinho de uma turrinha…
Olho, já desperta, e estou rodeada de felpudinhos
que aguardam também a minha atenção, o meu carinho.
Mas já não tu, Zorba.
Mas já não aquela cumplicidade, aquele entendimento,
aquela intuição especial, tão nossa Zorba…
E, então, não sei se quero acordar.
4 comentários:
Ritual da saudade.
Pois!
Deixam saudades mesmo... :(
Sabes, desde que estou imobilizada, e já estou na 4ª semana, durmo sozinha num quarto diferente e a Amélie dorme comigo. è tão fofinha. Tã bom sentir o corpinho dela quentinho no edredon...
O Zorba era lindo e muito meigo.
Percebo bem a tua saudade.
Beijinhos, priminha :)
Como sabes tenho muitos. E gosto muito de todos. É com extrema dificuldade que me imagino privada de qualquer um deles, cada um pelo seu motivo diferente e, no fundo, todos pelo mesmo; pela sua incrível capacidade de entrega sem se humilharem.
Contudo, confesso que o Zorba era, de facto, um gato diferente na relação que estabeleceu comigo e na sua pose fleumática.
Deixou um buraquinho que está a custar tapar...
Um beijo grande e as melhoras.
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