E pronto. Finalmente lá me estreei em Lisboa.
A verdade é que não encontrei aquele aglomerado de gente à minha espera, tipo “manifestação da Intersindical”, que me havia sido vaticinado por um familiar, seguramente com a sua crença em relação às minhas capacidades de “diseuse” muito exacerbadas.
Porém, devo dizer que também não me posso lamuriar.
A sessão correu lindamente, com a organização a que a (Carlos Lopes) já nos habituou, tendo sido aquilo que se propunha ser. Apresentar a palavra escrita em estreita simbiose com outras formas de arte.
Neste caso a fotografia que compõe (e muito bem, na minha opinião) o livro; a música que servia de fundo às nossas palavras ditas, também esta com o talento a que o Pedro Lopes já nos habituou e, desta vez, o canto na voz de Pedro Branco sempre acompanhado pela sua viola.
Este, que eu nunca tinha tido a oportunidade de ouvir (desencontros vários), trouxe-me à memória uma voz esquecida… E que saudades!
Enfim, acalentou-me a alma tal como os seus poemas já muitas vezes o haviam feito. Parabéns Pedro (agora o Branco)!
And last, but not the least, a Luísa cantou. De início um pouco hesitante, estava nervosa. Mas de seguida , segurou o tom e creio que encantou todos os que não lhe conheciam essa faceta.
O local é lindíssimo. O evento decorreu nas instalações da padaria da antiga Manutenção Militar. Hoje é um museu que conserva ainda um acervo deveras interessante, faz parte da história das nossas Forças Armadas e que, na minha opinião, talvez merecesse um pouco mais de apoio.
Sem querer criticar, até porque penso que só haverá razões para agradecer a cedência do espaço, foi pena que apenas uma pessoa estivesse disponível para acompanhar o evento.
De uma simpatia extrema e denotando um orgulho no que tinha para mostrar que lhe extravasava o ser, a senhora desdobrou-se para permitir que fossem entrando os convidados conforme iam chegando, conduzi-los ao local sem, todavia, poder deixar a porta aberta…
Penso que talvez merecesse um pouco mais de apoio. Afinal estamos a falar de cultura… E nas suas diversas vertentes!
Naquilo que a mim me dizia respeito, algumas das leituras, houve algo que me deu um ânimo adicional e uma vontade de procurar estar mesmo, mesmo, mesmo bem. Foi a presença de alguns familiares meus, daqueles que estimo verdadeiramente e que tão raramente tenho oportunidade de encontrar.
Estavam lá! Hummm… E que aconchego tão bom!
E agora, é só aguardar o próximo!
19 comentários:
Tenho a certeza de que arrasou, Donagata!
Beijinho e muitos parabéns a todos!
vinteEquatro
Obrigada. Não foi exactamente o caso, não arrasei nada. Mas as coisas correram bem.
Beijos
Felizes os autores que podem contar contigo.
Foste excelente.
Só posso agradecer a vossa generosidade. Mas eu só consigo dizer bem algo que já de si é bonito. As palavras não são minhas.
Beijos.
Olá Donagata.
Como sabiamente dizia Voltaire:
"- Todas as artes são irmãs: cada uma delas ilumina as outras"
Parabéns pela participação neste evento a reunir tantas expressões artísticas. Beijocas. Elisabeth
Obrigada Elisabeth. É que, por acaso, correu mesmo bem.
Beijos.
Em terra de mouros, até os comeste, carago!
Foi uma reedição em poesia da conquista original, um pouco antecipada (foi a 25 de Outubro...) e um pouco atrasada (... de 1147).
Vá lá! Também não exageremos. Lá que nos fomos a eles é verdade. Que os comemos é que nem tanto. Eram muitos e tínhamos a falta dos cruzados embora o "Teijo" não me parecesse estar longe.
Por outro lado não tive conhecimento de termos deixado alguém entalado na porta embora, a dada altura, a vontade fosse grande, confesso.
Um beijo e obrigada, mais uma vez, pelo apoio.
Arrasou SIM....
Até houve quem disse-se um "esfusiante": BRAVOOOOOO
Já outros... pediram autógrafos...
Enfim... acho que está na altura de formares um clube de fãs :)))
Quanto à parte que me toca, muito obrigado pelo elogio ;)
Beijinhos
PedroLopes
Olha Pedro, essa do clube de fãs é mesmo uma boa. Mas não para mim...
Beijos e obrigada pela segurança que sempre me dás. Sei que estou completamente liberta para utilizar seja qual for o ritmo de leitura que tu adequas a música.
Feliz por saber que tudo correu muito bem...
Um beijinho
Correu mesmo.
Um grande abraço de parabéns
Obrigada Alda. Teria gostado de a ver por lá. E julgo que teria gostado de lá estar.
Um beijo.
uma voz poderosa num saber dizer.sentir.palavras.adentro.
é verdade. estive lá. a fazer coro com o BRAVO"!
. só por timidez antes de sair não a fui cumprimentar.
faço-O agora.
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Obrigada, Isabel. Foi pena não termos trocado umas palavras. Gostaria de a ter conhecido.
Obrigada também pelas generosas palavras que aqui deixa. Encontrar-nos-emos de novo, estou certa.
Beijos.
vim agradecer e deixar aquele beijo
luísa
Já te disse que não tens nada para agradecer. O prazer é também meu.
Beijos.
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